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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Noite de autógrafos com o autor do livro Saiba como obter sucesso em contextos sociais diferentes em Botucatu SP



















Aconteceu ontem, 17/12, no Centro Cultural, na Sala Prof. Raymundo Marcolino da Luz Cintra, a noite de autógrafos do autor Joaquim Luiz Nogueira.

O autor recebeu amigos, professores, representantes da mídia local (rádio municipalista) para apresentar seu primeiro livro “Saiba como obter sucesso em contextos sociais diferentes”.

A cerimônia foi coordenada pelo Sr. Figueiroa (segunda foto à esquerda), que convidou para compor a mesa: Prof.ª Rosangela Rosa (Coordenadora da EE João Baptista M. Martins – Santo André SP) e Prof.ª Maria de Fátima Rossi Fogaça (Vice-diretora da EE José Pedretti Neto). Ambas deram um depoimento sobre o autor e sua contribuição para a Educação nas duas escolas. Em seguida, o autor falou um pouco sobre sua obra e quais suas motivações para colocá-la no papel, pois o conteúdo já era utilizado pelo autor para ministrar um curso aos alunos voluntários da EE João Baptista M. Martins, sendo que eles, os alunos, sugeriram que o curso se transformasse em livro, desta forma partilharia essas idéias com mais pessoas.

Depois dessa conversa inicial o autor atendeu a todos que queriam comprar o livro e autografar.

Esse evento só foi possível pela incansável colaboração da Prof.ª Maria de Fátima, que organizou toda a infra-estrutura, como também pela Prof.ª Clarice que sem empenhou muitíssimo pelo agendamento junto ao Centro Cultural e auxiliou na organização. Nosso agradecimento sincero!

Agradecemos também à Equipe do Centro Cultural, representados pelo Sr. Figueiroa, que tão eficientemente conduziu os trabalhos da noite.

Agradecimento muito especial ao Sr. José Maria Leonel (Programa A Marreta da Rádio Municipalista).

“Saiba como obter sucesso em contextos sociais diferentes”

http://www.editorabarauna.com.br/index.php?apg=cat&npr=133



domingo, 13 de dezembro de 2009

Ser Professor exige reflexão




Trabalhamos com classes que podemos definir como mosaicos de origens muito diversas de alunos. Cada estudante pertence a lugares e condições ambientais próximas, porém, diferentes em históricos de vida.

Se a escola oferece exemplos de violência em seu interior e no entorno, boa parte dos alunos já está adaptada a sobreviver nessas condições. Eles sabem que se quiserem viver, precisam vencer as barreiras e se adaptarem às condições hostis do ambiente.

Os alunos criam resistência a professores que não reconhecem suas virtudes, aquelas que são essenciais para sobrevivência em seus meios. O comportamento criticado pela escola é de grande importância para o seu grupo, pois ele aprendeu tais estilos, gestos e palavras para se destacar em outros lugares.

Alguns alunos foram treinados por seus meios culturais para serem fortes e não demonstrarem medo diante dos inimigos. Assim, enfrentam situações extremas, conflitos e agressões, mas, momentos depois estão sorrindo novamente, pois não permitem que outros transformem suas formas de existência.
Desse modo, ao longo da história evolutiva das sociedades, foram essas características de resistência que não permitiram que ditadores e defensores de verdades supremas continuassem a explorar grandes massas populacionais.

Portanto, é necessário repensar a escola e a profissão antes de ficar separando os alunos em aprovados e retidos. Os reprovados pela escola também podem chegar ao sucesso de outras maneiras.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Câmeras nas salas de aula como solução de problemas?

As vezes não conhecer o que os filhos fazem quando estão na escola é uma boa estratégia para criticar o baixo desempenho escolar das crianças.

Joaquim Luiz Nogueira

domingo, 22 de novembro de 2009

Novidade – Em 2010 meu novo livro será lançado

Joaquim Luiz Nogueira

Veja o título ainda provisório:

“Saiba como as experiências vividas, imaginadas e sonhadas podem favorecer o sucesso profissional”

Capítulos que estão em fase de revisão:

1- Descoberta e superação de si mesmo;

2- Como surpreender e inovar em nossas ações;

3- Passagens para felicidade;
4- Edificações imaginárias e suas concretizações;

5- As fontes mágicas;

6- Assimilações motivadoras de nosso cotidiano;

7- Produções de mecanismos favoráveis em nossa trajetória;

8- O papel das fantasias em nossas ações;

9- Preferências que apontam caminho;

10- Nossa posição diante dos acontecimentos e as oportunidades;

11 - O encontro que nos faz transcender;

12- Releituras e orientações de nossa própria trajetória;

13- Pistas para a construção da felicidade;

14- Êxitos pessoais, ambientes e representações;

15- O conhecimento de nós mesmos;

16- O vôo imaginário.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A pedagogia do sabiá laranjeira 2




Joaquim Luiz Nogueira

Olá amigos! Vocês já me conhecem desde que resolvi escolher uma escola pública para fazer o meu ninho no mês de outubro de 2009. Essa é a segunda geração, nasceram em novembro e dessa vez são três. Já sei, querem saber o segredo do sucesso?

Nós, os sabiás-laranjeira, conhecemos as maneiras de educar os nossos filhos e vamos adiantar alguns exemplos:

_ Primeiro, não conhecemos a preguiça, enquanto existe luz estamos trabalhando.
_ O valor do trabalho é a primeira coisa que ensinamos a nossos filhotes, assim que abrem os olhos são capazes de aprender com o exemplo dos pais;

_ Ensinamos que eles não devem sair do ninho até que conheçam como sobreviver no mundo longe dos pais.

_ Cada fruto que trazemos para alimentá-los deve representar o quanto é importante os pais na vida dos filhos.

_ Nós, os laranjeiras, não deixamos nossos filhotes para os outros alimentarem, pois a responsabilidade é nossa.

_ Sabemos que o ninho deve ser um lugar higiênico e estamos sempre recolhendo o lixo para que nossos filhotes aprendam a viver em lugares limpos.

_ Também aprendemos logo cedo que uma boa educação começa no ninho, isto é, com um ambiente de bons exemplos dos pais.

_ Na sociedade dos laranjeiras o sucesso está nas escolhas que praticamos todos os dias e saber como agir depende do que aprendemos com os nossos pais.

_ Meus amigos, como estão vendo na imagem acima, meus filhos ainda estão pequenos e vou deixar a nossa conversa para um outro dia, pois a prioridade deve ser os meus laranjeirinhas e eles estão famintos!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O gestor que faz a diferença
















Joaquim Luiz Nogueira

Podemos começar essa discussão com o seguinte pensamento:
“As vezes eu me oriento pelo andar de um pequeno rato, que ao caminhar, coloca o seu focinho para direita, depois para esquerda e segue em linha reta”
a) Pensar em qualidade de ensino significa também refletir sobre:
- o aluno que temos na escola (relações culturais e socioeconômicas);
- a família por trás dos alunos (estrutura socioeconômica e perfil comportamental);
- a situação do prédio escolar (ambiente de aprendizagem);
- condições de segurança escolar (ambiente de aprendizagem);
- salário dos trabalhadores em educação (motivação e entusiasmo);
- a formação dos trabalhadores em educação ( metas e resultados);
b) Algumas visões de qualidade na escola para refletir:
- melhoria da relação humana na escola (respeito ao semelhante);
- como se dá o acolhimento dos alunos e da comunidade no ambiente escolar;
- como é a participação dos envolvidos no processo de educação dos alunos;
- como é capacitado os trabalhadores escolares responsáveis pela educação na escola;
- como os envolvidos no processo educacional são capacitados para resolução dos problemas da escola;
- como cada um está investindo para melhorar na conclusão de suas tarefas diárias;
- escola e comunidade estão melhorando juntas;
- a melhoria do desempenho escolar será conseqüência de todos os itens anteriores.
c) Buscar qualidade com o pé na realidade da escola significa:
- saber o que a comunidade pensa sobre a escola em todos os seus segmentos;
- transformar em gráficos os pontos positivos e negativos levantados pela comunidade escolar;
- levantar os principais problemas de sala de aula que foram registrados pelos professores durante o ano letivo;
- levantar os principais problemas que dificultaram a obtenção de melhores resultados do desempenho final dos alunos;
- se preciso, rever a proposta pedagógica e o projeto político pedagógico da escola;
- estabelecer pontos chaves para ser desenvolvido no próximo ano letivo;
d) Pisar, constatar, avançar - rumos e resultados:
- saber o temos em nossas mãos;
- dialogar com o território em que estamos trabalhando;
- verificar a diferença entre a escola ideal e a realidade presente;
- estabelecer passos a ser dados em curto, médio e longo prazo;
- lembrar que os resultados são orientadores da proposta pedagógica;
- os rumos da escola depende da qualidade dos seus resultados;
- a produção escolar resulta no sentido da escola para a sua comunidade.

Saiba mais sobre o autor

domingo, 1 de novembro de 2009

Como trabalhar com alunos problemáticos?

















Joaquim Luiz Nogueira

Aqui exemplificamos alguns perfis encontrado em sala de aula pelos professores(as):

a) Camaleão; esse é o aluno que na presença dos pais, do diretor ou de seus responsáveis ele se transforma, não usa de agressividade, nem palavrões. Mostra-se educado e interessado nos estudos, mas de volta na classe, começa tudo novamente.

b) Zumbi ou distraído; sua cabeça está sempre em outro lugar, ou seja, só o corpo é que parece estar na sala de aula. Tudo que o professor fala, parece distante para ele, mas tem facilidade para participar de bagunça na sala de aula.

c) Galo; geralmente ele passa a maior parte da aula preocupado com o cabelo em forma de crista. Adora sair da sala, ficar na janela e andar nos corredores. Não termina as atividades e costuma ser agressivo quando questionado.

d) Caverna; está sempre disposto para briga, seja com o professor (a) ou com colegas. Chega sempre na classe com mal humor, chuta as cadeiras para sentar, joga o seu material com raiva na carteira. Usa camisetas regatas para demonstrar os músculos ou tatuagens e só participa das aulas quando está próximo de uma garota bonita.

e) Alegre; divertir é sua meta, principalmente quando a classe está concentrada e em silêncio. Ele costuma rir de qualquer coisa: do professor, dos colegas e dos funcionários. Nunca termina nenhuma lição ou atividade em sala de aula.

f) Mutante; especialista em provocar tumulto na classe e jogar bolinhas de papel nos colegas, mas se transforma em aluno aplicado assim que o professor(a) tenta identificá-lo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Pedagogia do sabiá laranjeira



















Joaquim Luiz Nogueira

Porque um casal de sabiá laranjeira, em um espaço urbano, escolheu entre tantas casas, prédios, igrejas, árvores, bosques e outros, uma escola pública para gerar sua futura família?

Essa questão é pedagógica, pois se observarmos do ponto de vista do pássaro, o prédio escolar é ocupado em três períodos: manhã, tarde e noite e no mês de outubro, também aos sábados. Nesse sentido, o fator decisivo seria a produção de resultados a curto prazo, já que poderia aproveitar o turno da noite iluminado para cumprir sua meta na construção do ninho.

Por outro lado, pensou o casal de pássaros, "quando nos afastarmos do ninho para nos alimentarmos, a escola oferece toda segurança que precisamos". "Nesse espaço há um ser humano que todos chamam de diretor, que tudo indica deve ganhar bem, já que se fala muito sobre ele na escola," argumentou a sabiá fêmea.

Logo em seguida, o sabiá macho acrescentou de forma rápida: "Meu amor! Não se esqueça daqueles seres humanos que conseguem cuidar de 40 crianças por várias horas em espaços fechados com paredes e portas. Ufa! Também devem ganhar bem."

"É isso, estamos investindo no lugar certo," afirmou a mãe pássaro. "Aqui, todos parecem estar com a cabeça cheia de afazeres, é claro, as crianças concentradas nos estudos e os professores só passam por esse corredor de forma apressada, pois, diferente de nós, cuidam de crianças em vários lugares."

Assim, o ninho foi construído e os ovos foram chocados por dias, até que dois filhotes nasceram. O crescimento foi rápido com uma alimentação em três turnos e com satisfação a sabiá fêmea disse ao seu parceiro:
_ Veja como nossos filhos são espertos e não têm medo de nada?
Seu companheiro acrescentou com orgulho:
_ Eles são frutos da escola pública.

domingo, 4 de outubro de 2009

Breve síntese do objetivo da educação na Cultura Ocidental e no Brasil

Joaquim Luiz Nogueira

A educação nascida na Grécia Antiga tinha como função desenvolver o corpo humano em sua forma física, moral e intelectual. Na Grécia, os escravos eram responsáveis pelo trabalho e os cidadãos encarregados da política e nesse sentido, a escola (scholé) significava lazer e desprezo pelo trabalho manual.

Na Roma Antiga, a educação enfatizava o ensino familiar das letras voltadas para as leis do direito romano. Mais tarde, foi acrescentado o ensino elementar ludus, uma retórica do tipo grego.

O ensino cristão se desenvolveu com o objetivo de levar o povo a ler, escrever e cantar os salmos. Nos mosteiros medievais, acrescentaram o contar junto às escolas monásticas (500 -1100) e, introduziram também, as artes liberais, eram instruções destinadas aos nobres divididas em: Gramática, Retórica, Lógica, Geometria, Aritmética, Música e Astronomia.

Nos séculos XVI e XVII, algumas ordens religiosas e os humanistas do final da Idade Média, defenderam a educação para as crianças pobres. No século XIX, a educação universal para ricos e pobres, começa a ser defendida nos Estados Unidos.

No final do século XIX, surgiu a escola média, situada entre os valores da educação elementar ludus e a educação dos nobres medievais. Era uma exigência do processo industrial que avançava na Europa e nos Estados Unidos e cobrava também uma formação humana com cultivo das potencialidades morais, físicas e profissionais.

No Brasil a partir de 1549, os jesuítas em suas catequeses desenvolveram uma educação religiosa de letras e leituras dirigidas. Depois, o Marquês
de Pombal, ao desenvolver uma educação lusitana voltada para o ensino de letras e em defesa da sociedade civil e da política, também lança reflexo na educação brasileira.

D.João VI (1808) ao chegar ao Brasil, direcionou a educação para as técnicas militares, inferiorizando a chamada educação elementar (ludus). D. Pedro I, discursou em nome da educação popular e prometeu instrução primaria a todos. Porém, em 1837, o colégio D.Pedro II, nasceu como um modelo de escola média derivada das idéias européias.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Professor segundo a mídia


Faça uma análise da imagem dos quadrinhos e verifique
como o professor está agindo com os alunos.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Educação na era da internet

Joaquim Luiz Nogueira

No momento em que nos encontramos, nossos alunos, principalmente aqueles que já estão nas séries finais do Fundamental II e Ensino Médio, parecem desejar nos comunicar que não querem mediadores. Assim, a presença da família junto à escola torna-se cada vez mais rara, já que também buscam controlar e orientar os filhos a partir de celulares. Esse comportamento, segundo Barbero* é comum na internet, veja o que ele diz:

“No conceito de comunidade há sempre a tentação de devolver-nos a uma certa relação não mediada, presencial. Essa é um pouco a utopia da internet. A utopia da internet é que já não necessitamos de ser representados, a democracia é de todos, somos todos iguais”.

Os profissionais que trabalham na escola pública convivem com a insegurança no trabalho, que cada ano, fica mais difícil assegurar os seus postos de trabalho. A terceirização avança, a municipalização aperta, a progressão continuada mostra a sua face e tudo sugere certa perca do sentido. Sobre isso, fala Barbero:

“O medo da insegurança na vida laboral, o sistema necessita cada vez menos de mão de obra, o mundo do trabalho se desconfigurou como mundo de produção do sentido da vida”.

Teoricamente, ouvimos os discursos pedagógicos que pregam “uma escola democrática”, cujos envolvidos na escola: pais, professores, funcionários, alunos, parceiros e comunidade, devem ser tratados como iguais em seus direitos. Para responder a esse refrão utópico, Vejamos Barbero:

“Mentira, nunca fomos, nem somos, nem seremos iguais. E, portanto, a democracia de todos é mentira. Seguimos necessitando de mediações de representação das diferentes dimensões da vida”.

Desse modo, precisamos da mediação dos pais e responsáveis de corpo presente na escola, de governantes que valorizem os profissionais da escola, proporcionando-lhes condições dignas de trabalho e de salário, isto é, que correspondam a altura do nosso papel na sociedade. Sem bons mediadores, a sociedade se transformará numa grande rede mesclada, mas poucos serão capazes de encontrar a saída nesse labirinto.

*Jesús Martín Barbero Folha de São Paulo - 23 de agosto de 2009 – cad. Mais – pg.10

domingo, 16 de agosto de 2009

O aluno “self media” e o professor “interface”

Joaquim Luiz Nogueira

O professor “interface” é o ponto de contacto, isto é, o mediador, aquele que permite a comunicação a partir da interatividade. Essa interatividade se estabelece pela roupa, entoação, atitude, linguagem corporal, frases, silêncio, etc.; assim se estabelece, pelo menos, a possibilidade de comunicar.

Sabemos que o processo de interação entre seres humanos se define pela sua complexidade e por uma aprendizagem longa e difícil, mas o aluno “self media” se caracteriza por um fluxo de comunicação biunívoco, ou seja, o professor perde a sua onipotência em favor do aprendiz, que tem agora um papel ativo. Surge assim, a interação, a participação do estudante toma lugar do mestre e vice-versa. Será o próprio discente a compreender e pesquisar os seus gostos e interesses particulares.

O aluno “self media” e a sua interatividade evidencia, sobretudo, a crise das estratégias do ensino atual, que insiste no modo insuportável do discurso da atualidade trágica e no pequeno mundo da política de fatos diversos que não facilita a interatividade entre o aluno e o professor.

Entre os elementos que compõem as estratégias de ensino para o aluno “self media” estão as possíveis aplicações a partir do computador, da “Internet”, da “multimedia on e off-line”, com os seus vários ramos e uma série de híbridos que, nascidos na pedagogia tradicional, agora se converteram em apresentações modernas, como é o caso da televisão digital e dos jornais digitais.

A televisão digital vai permitir que os alunos possam escolher o que querem ver. Os bits desta televisão do futuro vão possibilitar ao estudante visionar o que se quiser, às horas que se quiser. Será a informação a pedido do aluno.

TEXTO ADAPTADO DA FONTE:

http://www.citi.pt/estudos_multi/ana_cristina_camara/interface.html , ACESSO EM: 16/08/2009.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A gestão e o espírito do vale


Joaquim Luiz Nogueira
Edgar Morin em seu livro “A natureza da natureza – O Método I” nos diz que devemos pensar em uma solidariedade infinita, que semelhante ao espírito do vale, recebe todas as águas que derramam nele. Desse modo, os gestores públicos, que também buscam fazer de suas escolas espaços solidários, devem começar a criar caminhos como as águas do vale, ou seja, enquanto caminham.
Devemos começar pela consciência da ignorância, isto é, a incerteza e a confusão. Esses são elementos abundantes em nossas gestões e responsáveis por criar as reflexões, que nos interrogam sobre as condições da existência dos professores e alunos.
Nesse sentido, temos de resistir aos conceitos simplificados e abrir caminhos pela interação de idéias mais complexas. O objetivo da gestão deve ser a reflexividade e as articulações entre as esferas que estão separadas, tais como: o ensino e a aprendizagem.
O real da escola se impõe com suas idéias e tarefas todos os dias aos gestores. Tal rotina não permite simplificações, pois avançam rumo às situações desconhecidas, enunciando a complexidade a todo instante. Assim, acredito que ao estarmos na escola, também estamos no vale...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Mercado Global e Educação

Joaquim Luiz Nogueira

Richard Sennett, em seu livro intitulado “ A corrosão do caráter” faz uma análise do mundo após a quebra da bolsa de 1929 e a Segunda Guerra Mundial. Nesse momento as comunidades de imigrantes nos Estados Unidos passaram a viver o chamado “sonho americano”. Para essas famílias tudo o que importava era que os seus filhos tivessem estudo e uma vida diferente daquela luta sofrida de imigrantes.

Nesse período, essas famílias contavam com uma estabilidade no emprego, garantida por sindicatos fortes, Estado assistencialista, organizações hierárquicas e narrativas lineares de uma vida com planos de longo prazo. As virtudes dessa fase era a confiança, o compromisso mútuo e o senso de objetivo. Os filhos do sonho americano encontraram um mercado global para trabalhar e educar a nova geração. Veja como Sennett coloca os valores nessa nova sociedade:

Mercado Global

Educação

No mundo das novas tecnologias, não há longo prazo, mas em curto prazo e a forma de administrar é em rede;

A necessidade das crianças não se encaixa na necessidade do trabalho dos pais, assim, falta a disciplina ética dos filhos;

As roupas elegantes se tornam plumagem dos negócios, num aspecto fugitivo das amizades;

Os pais temem que seus filhos se tornem “pequenos ratos”, rondando ao léu pelas ruas, praças e shopping, enquanto trabalham;

Os empregos passaram a chamar “campo de trabalho” e Projeto. E as tarefas no trabalho, são constantemente redefinidas;

Os filhos vêem a luta dos pais como algo natural. A mudança significa não se comprometer, não se sacrificar;

No trabalho em equipe se caracterizam os laços sociais fracos e a blindagem para enfrentar a realidade é o distanciamento entre as pessoas.

Em casa, o trabalho em equipe assinala uma ausência de autoridade e de orientação firme na criação dos filhos;

A nova economia prega os valores do camaleão em uma sociedade composta de episódios, fragmentos e flexibilidade.

Os pais sabem ouvir muito bem os filhos em vez de ditar a lei; em conseqüência, muitas crianças permanecem desorientadas;

A mudança significa ficar a deriva;

Pessoas à vontade em relação a não calcular as conseqüências ou não saber o que virá depois;

Nós educadores (as), muitos de nós também nos encontramos no chamado “sonho americano”, principalmente quando nos deparamos com crianças que não conhecem limites ou respeito para com os professores. E os pais? O aluno (a) responde estão trabalhando ....

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O educador e o analista

Joaquim Luiz Nogueira

De acordo com Lacan, em seu livro “O triunfo da religião” na tradução de André Telles, as profissões como a de educadores e analistas se encontram em posições às vezes insustentáveis, pois, convivem com sensações de angústia. Assim, necessitam que recorram constantemente às novidades para trabalharem com tarefas impossíveis. Veja abaixo, uma síntese de ambas as funções, segundo Lacan:

O Analista

O Educador

Usa a novidade para reforçar o que é impossível;

Parece estar a todo o momento em uma posição insustentável;

Faz brotar do novo a posição que ocupa o educador;

Não faltam candidatos ou pessoas autorizadas para educar;

Percebe que os educadores, não fazem no final das contas a mínima idéia a cerca do que fazem;

São pessoas tomadas pela angústia quando pensam no que consiste educar;

Analista é uma função mais impossível do que outras;

O educar como certa idéia de que é preciso para se fazer homens;

O analista se ocupa muito especialmente do que não funciona;

A educação é necessária para que os homens consigam se suportar

Há coisas que fazem que o mundo seja imundo. É disso que se ocupam os analistas;

O homem faz sua educação por si só. De uma forma ou de outra, ele se educa;

Os analistas são forçados a sofrerem, isto é, esticar as costas o tempo todo;

Convém que as pessoas aprendam alguma coisa quebrando a cabeça;

Se você, caro educador (a), também encontrar familiaridade com a linguagem descrita acima, será melhor que conheça um pouco mais sobre as idéias lacanianas, principalmente sobre como trabalhar com a realidade sem desprezar a teoria.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Julgamento de um educador

Joaquim Luiz Nogueira

De acordo com Edgar Morin, em seu livro denominado de “O Método V.4 – as idéias”, o conceito de paradigma incorpora o nosso pensamento segundo as culturas científica e humanitária. Caro educador (a) verifique nos conceitos abaixo o que é mais importante no momento de julgamento ou avaliação de seus alunos (as):

Cultura científica

Cultura Humanitária

Mecanicistas

Confusão, agitação e movimento

Materialistas

Espírito, alma e coração

Deterministas

Liberdade e livre-arbítrio

Harmônicos

Desarmônicos, discordantes

Ordem, unidade e hierarquias

Desordem e divergência

Simplicidade

Complexidade

Individualismo, especialização

Pluralidade, multiplicidade

Objetividade

Subjetividade

Imaginação teórica

Empirismo e respeito aos fatos

Racionalismo com leis do universo

Acaso, imprevisibilidade

Rejeição da subjetividade

Incorporação da subjetividade

Crítica como fonte de progresso

Reconhecimento das fragilidades

Fechamento, isolamento e clareza

Abertura, incerteza e interrogação

Eliminação do não mensurável

Diálogo com o real, o outro e conosco

A contradição como erro

Admissão das possibilidades

Extrair, operacionalizar e controlar

Mediação das palavras, idéias, teorias

Se você usar mais elementos da cultura humanitária, significa que a modernidade ocidental ainda não dominou você totalmente, mas provavelmente terá problemas ao colocar suas idéias com outros colegas. Assim, a saída, muitas vezes, será assumir interiormente uma postura e colocar em prática uma versão ocidental de objetividade racionalidade e clareza. Afinal, todos devem compreender e obedecer?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Resenha sobre o livro Saiba como obter sucesso em contextos sociais diferentes

Resenha elaborada pelo Prof. Elvair Grossi, autor do livro "Um menino Poetinha" após análise do livro "Saíba como obter sucesso em contextos sociais diferentes"

Percebe-se, numa leitura sem compromisso ou, porque não dizer, menos atenta, que o professor Joaquim Nogueira, neste ensaio sobre: como obter sucesso em contextos sociais, solfeja uma certa decodificação de algumas categorias dos signos sociais, deixando transcorrer para um leitor desavisado, que tudo isso seria apenas um simples exercícios de lapidação e auto-ajuda, direcionado ao eixo social, profissional etc. Isso se dá, devido a constituição de uma linguagem simplicista.

Mas, numa leitura mais atenta, é possível observar uma certa profundidade e abrangência dessas categorias, como: a experiência do olhar, ambientes favoráveis, a conquista do outro, construções de ideias etc, na qual reside a grande importância deste trabalho. Pois, quando estamos imergidos em qualquer que seja o contexto social, passamos a organizar nossas necessidades e nossos prazeres, nossas preferências e nossos temores, com base naquilo que vemos,que presenciamos ou naquilo que queremos, uma vez que a busca e o querer é inerente ao homem, o que passa a ser um fato.

Sendo assim, verifica-se que este ensaio, sustentado por meio de um corpo teórico de natureza científico, social, profissional e amparado por um certa linha semiótica, apresenta-nos algumas formas de enxergar e de administrar “isso” que, no dia a dia, podemos chamar de situação de risco, de conflito ou, de forma mais vulnerável e fragilizada, falta de sorte, falta de sucesso etc.

O ensaio, de natureza sociológica, tendo como proposta decodificar alguns signos sociais e examinar atitudes e ações do ser humano posto no convívio coletivo , abre uma fenda de múltiplas possibilidades de estudo, pesquisa e, principalmente, de convivência social.


Saiba mais sobre o autor de Saiba como obter sucesso em contextos sociais diferentes

Saiba como obter sucesso em contextos sociais diferentes


Síntese

Essa obra busca exemplificar como se dá a interação entre a percepção de nossa natureza íntima e o ambiente ao nosso redor. Desse modo, sua leitura nos convida a um mergulho no universo de nossas experiências pessoais, cujos interesses, interpretações, sensações e limites, culminam por desencadear as tramas que permitem recomeçarmos novamente a cada dia.

Nesse sentido, para o autor, os pensamentos e idéias que incorporamos em certas circunstâncias, resultam em outras manifestações, e essas, mesclam aos nossos históricos vivenciais. Desse modo, aprendemos que até as imperfeições despertam criatividades em nossas ações de forma lúdica e que elas se tornam relevantes, devido à complexidade comunicativa que as incorporam.

Assim, o livro investiga o que acontece em nossa própria construção enquanto ser humano a partir dos históricos, crenças, conquistas e aventuras. Em suma, busca nos elementos simples dos relacionamentos sociais, aquilo que nos serve como matéria-prima em pesquisa de possíveis reações diante de momentos difíceis.

A obra exemplifica algumas linguagens contextuais que chamamos de sinais orientadores de condutas, sonhos e ideais. Pois, descobrimos nossos potenciais a cada situação que enfrentamos, e assim, construímos ações a partir de leituras contextuais e assimilações.

Assim, o presente trabalho investiga o encontro dos elementos imaginários com o empírico cotidiano. Pois, desse embate é que emerge os estímulos dançantes que são orientados pelo ambiente, cargo ou função que ocupamos na empresa ou na sociedade.

LIVRO: Saiba como obter sucesso em contextos sociais diferentes - Autor: Joaquim Luiz Nogueira - Editora Baraúna ( www.editorabarauna.com.br )