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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O educador e o analista

Joaquim Luiz Nogueira

De acordo com Lacan, em seu livro “O triunfo da religião” na tradução de André Telles, as profissões como a de educadores e analistas se encontram em posições às vezes insustentáveis, pois, convivem com sensações de angústia. Assim, necessitam que recorram constantemente às novidades para trabalharem com tarefas impossíveis. Veja abaixo, uma síntese de ambas as funções, segundo Lacan:

O Analista

O Educador

Usa a novidade para reforçar o que é impossível;

Parece estar a todo o momento em uma posição insustentável;

Faz brotar do novo a posição que ocupa o educador;

Não faltam candidatos ou pessoas autorizadas para educar;

Percebe que os educadores, não fazem no final das contas a mínima idéia a cerca do que fazem;

São pessoas tomadas pela angústia quando pensam no que consiste educar;

Analista é uma função mais impossível do que outras;

O educar como certa idéia de que é preciso para se fazer homens;

O analista se ocupa muito especialmente do que não funciona;

A educação é necessária para que os homens consigam se suportar

Há coisas que fazem que o mundo seja imundo. É disso que se ocupam os analistas;

O homem faz sua educação por si só. De uma forma ou de outra, ele se educa;

Os analistas são forçados a sofrerem, isto é, esticar as costas o tempo todo;

Convém que as pessoas aprendam alguma coisa quebrando a cabeça;

Se você, caro educador (a), também encontrar familiaridade com a linguagem descrita acima, será melhor que conheça um pouco mais sobre as idéias lacanianas, principalmente sobre como trabalhar com a realidade sem desprezar a teoria.

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