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sábado, 16 de fevereiro de 2013

A fragilidade do solo amazônico e a diversidade

Joaquim Luiz Nogueira  

     Em Janeiro de 2013, passando parte de meus dias de férias na região amazônica brasileira, tive oportunidade de verificar aquilo que já teria visto e ouvido na televisão, mas ver essa natureza de perto, foi algo, inédito.
   Próximo dessa escavação, um tronco majestoso de uma árvore centenária estava deitado sobre o solo. Aquela cena me fez pensar  como que aqueles três palmos de terra fértil pode sustentar tamanho arbusto por tantos anos.
               

Não é necessário ser uma grande especialista para concluir que essa árvore pertenceu a um ambiente, que por centenas de anos, contava com uma ajuda extra de muitas folhas e ramos que se encarregavam da cobertura e a umidade de suas raízes. Outro fator dessa região é a chuva.



      E por falar em chuva, também tive a oportunidade de presenciar uma pequena amostra da força dessas águas, veja a imagem acima. Neste sentido, toda árvore que fica sem proteção, seja da vegetação alta ou da cobertura do solo, torna-se vítima das tempestades e ventos comuns na região amazônica. 
     Logo abaixo, outra novidade que encontrei na região, uma espécie de coqueiro, cujos frutos, os caboclos os chamam de bocaiúvas. Trata-se de uma fruta de gosto exótico, mas as crianças nascidas nessas terras adoram e chegam a dizer que é o chiclete da Amazônia


    Também encontrei outra forma de fruto de coqueiros na região, mas que, nem pude descobrir seu verdadeiro nome, apesar de chamar atenção pela beleza, ao ser quebrado ainda verde, a água de seu interior possui um teor de sal, que para tomá-lo, o caboclo tem de estar com muita sede. Com ajuda de um facão. Consegui quebrar alguns deles que já estavam secos pelo chão, então encontrei uma camada branca, semelhante ao famoso “coco da Bahia” mas com uma espessura tão pequena, que não compensava o trabalho para retirá-la. (veja imagem abaixo. 

              



domingo, 3 de fevereiro de 2013

O Olhar de um historiador na Avenida Pompéia em São Paulo: 30º Saída Fotocultura Pompéia

Joaquim Luiz Nogueira

    Ao passarmos pela Avenida Pompéia em São Paulo, essa construção se destaca pela semelhança as obras magníficas da Mesopotâmia Antiga, pois, olhando da calçada, lembra os zigurates e os jardins suspensos mesopotâmicos. 


  Outra casa que merece destaque ao nosso olhar, retratada logo abaixo, possui uma linha no formato de (  L ) deitado, tendo ao fundo, uma gigante antena de comunicação.

 
  



   Prosseguindo na Avenida Pompéia nos deparamos com antigos casarões ou palacetes, cuja arquitetura, pode incluir desde a coluna neoclássica, janelas e  portas em arco romano,  traços renascentistas até os floreados da Art Nouveau.




     As janelas em arco romano, colunas gregas em Estilo Dórico e abaixo delas um conjunto de florais da Art Nouveau, cujo centro, temos o formato de um coração, fechado na extremidade inferior e no alto uma concha, símbolo preferido desta arte nas fachadas, fecha o desenho, juntamente com pequenas rosetas, rodeadas por ramos curvilíneos.  
  


      Em umas das esquinas, encontramos uma bela arquitetura de janelas grandes, muito comum nas construções neoclássicas do início do século XX no Brasil, mas o que se destaca mesmo são os símbolos de Art Nouveau, logo abaixo do telhado.


       Veja o detalhe na imagem abaixo, temos um símbolo de (M) sobreposto com duas letras no centro, cercado por uma forma floral Art Nouveau, com uma concha abaixo e outra no topo, sendo o conjunto envolvido por uma guirlanda de rosetas. A guirlanda também era um elemento muito usado nas fachadas das casas e túmulos nas construções  do final do século XIX e início do século XX no Brasil.



      Logo abaixo, podemos ver de frente a guirlanda, que na foto de cima, aparece claramente, mas olhando na posição frontal, vimos apenas as rosetas sustentadas por galhos, destacando entre eles uma espécie de  “brasão familiar” . Segundo algumas lendas da época da deusa da vegetação, da mesma linha da coroa de folhas de louros da Grécia Antiga,  a guirlanda era uma espécie de portal, que colocada  na entrada de uma casa, oferecia a eternidade aos seus moradores.




     E ainda na Avenida Pompéia, uma imagem que de longe chama atenção do pedestre, uma cúpula se destaca em meio aos edifícios da segunda metade do século XX, destinados a moradias e escritórios da grande metrópole, que nos anos 20, quando a Igreja surgia, ela predominava certamente neste cenário com sua arquitetura de traços jesuíticos e janelas no formato de rosáceas.

    No farol da Avenida Pompéia, o sinal vermelho alerta o pedestre e o motorista para a beleza da arquitetura eclética da fachada dessa Igreja, que concentra uma riqueza de detalhes artísticos, históricos e simbólicos, cujos mais significativos destaco logo a seguir:


     No alto, temos a imagem da Santa que dá nome a Igreja, com seu manto azul e veste branca, contrastando com as cores do céu e sob uma coluna de estilo  grego jônico, sustentada pelo arco romano, símbolo de força e poder. Mais abaixo, outro friso  e ancorado por quatro colunas no modelo citado acima e entre elas, a grande roseta. Muito comum nas catedrais europeias  cujo significado, não tratará aqui, mas trata-se de um símbolo usado desde a época dos Faraós do Egito.



    Abaixo da Roseta central da fachada, temos uma espécie de ângulo (cunheira), cortado em linha reta na parte inferior, traço arquitetônico usado as vezes para definir algumas construções jesuíticas pela simplicidade e outras pela racionalidade moderna do começo do século XX. Mas o que chama atenção é o símbolo situado no centro deste formato. Ali temos outro triângulo com o desenho de olho em seu interior. Veja abaixo:


   Este símbolo que as vezes é chamado de  “olho que tudo vê” encontramos também em outras Igrejas, entre elas, podemos citar a Catedral do Olho da Providência, localizada na Argentina, veja imagem abaixo, embora o olho desenhado é usado desde o Egito Antigo e em cada época, teve seu significado, mas não cabe a discussão nesse momento.

      E para terminar o passeio na Av. Pompéia, a imagem deslumbrante de dois edifícios, que mesmo diferentes, parecem representarem a ideia dos anos 30, quando eram conhecidos como Arranhas Céus.