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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O trabalho de ensinar em uma sociedade do conhecimento


“Você tem que ouvir o rio se quiser apanhar um peixe” (Andy Hargreaves)

     De acordo com Hargreaves, atualmente os professores necessitam entender a sociedade do conhecimento em que os alunos vivem para prepará-los nesta direção. Se os que ensinam não compreendem essa sociedade, logo terão dificuldades para orientá-los.

    Os professores devem conhecer para atuar junto as novas formas de interações dos alunos com o mundo e orientá-los quanto aos perigos da aceitação pública nos interesses de grandes corporações que investem na economia do conhecimento.
    A educação deve desenvolver a promoção de simpatia e também de cuidados dos alunos em relação a outras culturas que trabalham na construção de identidades cosmopolitanas e multiculturais. Este desafio encontra se do lado oposto aos professores na sociedade do conhecimento atual e representa as implicações deste mutante trabalho que é o de ensinar.
    Segundo Heargreaves, a sociedade do conhecimento é realmente a sociedade aprendente, pois a sociedade do conhecimento processa conhecimento e informação num caminho que maximiza aprendizagem, estimulando ingenuidade e invenção ao desenvolver a capacidade para iniciarmos e superarmos com mudança.
    Na economia do conhecimento tempo e prosperidade dependem da capacidade da pessoa em inventar e de ser esperta (no Brasil conhecemos como passar a perna) em outros competidores para sintonizar desejos com demandas do mercado consumidor e para mudança de emprego ou desenvolvimento de novas habilidades na economia flutuante que requer retratações constantes.
     Na economia do conhecimento, estas capacidades não são somente propriedade dos indivíduos, mas também das organizações, entre elas, as instituições de ensino. As organizações da sociedade do conhecimento constroem suas capacidades para compartilhar, criar e aplicar os novos conhecimentos o tempo todo. Eles criam aprendizagens mutuas que conduzem e lideram inovações contínuas, e essas, tendem a serem informais, desorganizadas, imprevistas e afortunadas.

Fonte: Hargreaves. A. Teaching in the Knowledge Society. New York: Teacher College Press and Buckingham: Open University Press. 

domingo, 18 de agosto de 2013

Cultura democrática na escola participativa

 II Seminário Internacional de intercâmbio entre gestores paulistas e americanos em Serra Negra SP nos dias 14, 15 e 16 de agosto. Os slides abaixo foram apresentados pela Principal americana Suzanne Roy, sobre Gestão Participativa, no caso ela enfatizou a liderança na era da informação.


      A cultura da organização democrática na escola


   Conceitos como respeito mútuo, pertencer, significar, assumir riscos, erros como oportunidades para aprender e abertura para novas ideias foram lembrados no discurso. 

 A liderança não é uma pessoa, mas um processo no qual todos devem contribuir.



 O diretor como um aprendiz. 


    O centro de todas as decisões também se torna o lugar onde estudantes e adultos aprendem;
    Reconhecer muito mais a necessidade de uma intensiva aprendizagem aos profissionais com uma contínua cultura deliberativa;
   A mudança é eixo que guia o professor e o aprendizado. Ela se torna administradora da aprendizagem; 


 Cultura organizacional

   Numa escola onde existe uma cultura profissional positiva com normas, valores, e esforços progressivos, provavelmente também irá reforçar uma forte missão educacional. 


Impactos da cultura organizacional

A cultura é o elemento chave e determinante do provável progresso. 


Colaboração numa cultura democrática


Processo direcionado com uma meta;
Participantes dispostos a trabalhar fora  de suas funções definidas;
Participantes que não tenham problemas em fazer faxina ou limpeza para permanecerem focados com outros; 


 Responsabilidade mútua para relacionamentos.

Como cada experiência pessoal se comunica com a outra?
Como cada pessoa relata a organização?
Como cada pessoa se sente sobre seu envolvimento e contribuição? 



Tomada de decisão numa cultura democrática
Como muito investidores experientes necessitam serem envolvidos, então eles podem se confidenciarem em implementação sustentada da decisão?
Como não consumir muito tempo numa decisão?
Qual é a importância desta questão?

Liderança democrática inspira cooperação, conexão e independência.  

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Planejamento Participativo segundo o pensamento habermasiano

Elza Maria  Fonseca  Falkembach  in  Ilma P. Alencastro Veiga (org.) Projeto Político Pedagógico da Escola 

1      -  Manter o fazer  educativo  respaldado por uma atitude  reflexiva permanente;
2     - Põe nas mãos da educação  a possibilidade de viver utopias no curto prazo;
3  -  Criar e recriar instrumentos que viabilizem a convergência  entre o refletir e o agir conscientes;
4     - Fazer do espaço educativo um lugar privilegiado de aprendizagem;
5     - Lugar que possibilite aos sujeitos da educação  uma nova relação com o conhecimento;
6     - Relação em que a busca de aprender se transforma numa atitude prático-reflexiva que leva , portanto a construir  conhecimento;
7     - Ser capaz de facilitar a convergência entre o refletir e o agir , no espaço escolar;
8   -   Implementar intervenções coletivas sobre o social refletidas e conscientes;
9  -    Imprimir conseqüências sobre outros ambientes e âmbitos do social, além das mudanças que venha a implementar sobre seu objeto singular de atuação;
10 -   Fazer intervenções democraticamente planejadas , com sustentação teórica para serem suficientemente incisivas e com clareza política que permita o avançar e o retroceder quando necessário;
11 -   Reflexões que permitam os participantes  a dar saltos reflexivos de superação no processo do conhecimento e no âmbito da realidade em que vivem;;
12   Provocar reflexões em torno dos elementos e das relações que compõem o núcleo revelador da totalidade do social;
13   Contribuir para que os integrantes do processo participativo superem relações moralistas e ideologizadas com a problemática de sua comunidade;
14  Avançar no sentido da maturação dos indivíduos  e de seus processos organizativos bem como no sentido de recuperar e construir identidades;
15  Ser capaz de facilitar a convergência entre o refletir e o agir de indivíduos  e grupos sobre um objeto, somos levados a identificar seus integrantes  como sujeitos em construção;
16   Ter a pretensão de que planejamento participativo seja uma ação formadora de sujeitos imbuídos do propósito de democratização;
17   Deve mobilizar sujeitos vinculados a processos de socialização  em desenvolvimento  no micro avanço da comunidade escolar; no bairro, na escola; na família, especialmente;
18    A ação prático-reflexiva deve engendrar e desenvolver  grande capacidade de sensibilização de suas consciências e potencializar a coesão dos grupos;
19   Deve provocar a comunicação , como diálogo de diversos , entre integrantes do processo;
20   O Planejamento Participativo deve se guiar pelo foco da reflexão, levantando informações sobre a rede de processos, relações e representações que constituem esse objeto;
21   Deve levar as últimas conseqüências a oportunidade de vivência da democracia, ou seja, produzir conhecimento coletivamente e criar opções para decisões coletivas;
22   O diálogo de diversos deve ser pautado pela utopia de “engordar” os homens de humanidade, sem removê-los do seu “aqui e agora”, singular;
23    O homem novo que deve emergir dessa prática reflexiva é aquele que aprende  com sua relação com o social e acumula coragem, com seus pares para enfrentar  o sentido das águas  da enxurrada de seu tempo;
24   O reconhecimento dos problemas e recursos deve se fazer com base  em representações que os diversos sujeitos e seus diagnósticos   aglutinados constroem  sobre os mesmos;
25    As representações dos diversos, acreditamos ser o caminho precioso para chegarmos à expressão dos valores e traços fundamentais da cultura, da comunidade, elementos  indispensáveis  para dar a base e legitimidade ao plano  resultante do processo de planejamento participativo;
26    Os elementos dos processos sociais dominantes ; processos, estes,  que ligam  o cotidiano  às suas raízes  históricas e, ao mesmo  tempo, apontam para o futuro;
27   Fazer do planejamento participativo um instrumento estratégico, de transformação do social;
28   Os educadores, os educandos , pais e mães formam  a síntese do poder para criar  do ser solidário os agentes da democracia e da possibilidade da liberdade. . 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Gestão Escolar: uma construção sistêmica




Prof. Joaquim Luiz Nogueira 

       A gestão escolar envolve dois pontos de vistas, sendo um deles a visão macro, esta verifica os resultados obtidos pelos alunos nas avaliações externas, assim como, os pontos fracos apontados por estas provas. Do outro lado, temos o ponto de vista micro e este, tem início com a matrícula da criança ou adolescente, quando por diversas razões, que pode ser de promoção, transferência ou até a opção pela instituição, termina por pertencer a uma determinada turma.
      No campo do macro, cabe a escola analisar os resultados dos alunos e ao mesmo tempo, buscar parcerias com outros especialistas para trabalhar com aqueles que não conseguiram atingir índices satisfatórios, isto é, psicólogos, psicanalistas, psiquiatras, neurologistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, conselheiros, promotores, entre outros.
    Do ponto de vista denominado micro, assim que o aluno faz sua matricula, a gestão deve buscar neste momento, algumas informações importantes, sendo elas: saber se a idade está apropriada para aquela série ou ano e averiguar se a criança se encontra em condições de acompanhar o currículo daquele segmento. Em caso destas questões apresentarem respostas negativas, buscar junto a família documentos médicos ou psicológicos que possam apontar caminhos ou explicar a defasagem do aluno.
    Neste sentido, quanto mais cedo é diagnosticado a problemática que envolve determinado aluno, mais breve também será planejado as mudanças metodológicas as suas necessidades, isto é, a partir de uma didática apropriada as suas dificuldades. Se a escola conseguir fazer isto no início do ano letivo, possivelmente facilitará o acompanhamento deste aluno nos meses seguintes, pois quando conhecemos melhor o aluno, temos condições de formular ações mais adequadas ao seu processo de aprendizagem.  
   E para concluirmos dentro de uma construção sistêmica, a visão macro serve para a gestão analisar a aprendizagem da escola em relação de Município, Estado e até outros países. Já do ponto de vista micro, o gestor pode analisar o percentual de aproveitamento de cada turma
    Deste modo, vamos analisar como ambas visões  podem ajudar, isto é, ao tratarmos dos problemas de aprendizagem da escola, devemos cruzar as informações oferecidas por aqueles especialistas externos, cobrando novos relatórios dessas parcerias. E no âmbito interno, os diagnósticos iniciados com as matrículas ou aqueles do primeiro mês de aula devem servir como elementos norteadores do processo de aprendizagem, que no caso de 9º anos e 3ª séries, os diagnósticos dos anos anteriores devem orientar a continuidades dos estudos destes alunos.