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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Rumos da escola em momentos decisivos


                                                                                               Prof. Joaquim Luiz Nogueira


     Em termos de educação, estamos caminhando em águas nunca antes navegadas, oceanos desconhecidos, que alternam tempestades e calmarias dentro dos espaços escolares. São momentos que cobram muita experiência dos líderes nas interpretações dos fatos e nas ações que definem rumos ou rotas alternativas.
       Definir rumos no interior das escolas significa no mínimo reflexão, ou seja, sem olhar o horizonte problemático e tentar ver todas as possibilidades, antes do encaminhamento de uma orientação definitiva, pode significar a ruína da tripulação. A visão de quem comanda a família, a sala de aula, a escola ou outras instituições não deve ser algo de fácil entendimento, pois é o fruto de experiências complexas, talvez nunca compartilhada, mas compreendida  apenas por outros que já passaram diante de situações semelhantes.
     O instante vivido atualmente pela sociedade desperta a necessidade de arriscar em pesquisa, iniciativas e aventuras. E se os mestres experientes não buscam saídas novas, outras interpretações do mesmo, novas teorias ou descobertas, os jovens e adolescentes tentam a sua maneira, isto é, com muita vontade, mas sem a experiência.
    Ao projetarmos no presente o que se espera do futuro, saída encontrada pelas principais mídias populares, isto é, afirmam a intenção final como verdade ou estabelecem ideias pensando apenas no furo da reportagem, assim, apontam soluções sem a preocupação da investigação das consequências das mesmas no presente.
     A sociedade do futuro será formada para atender as necessidades daqueles que no momento atual buscam transformações e soluções para os problemas que os angustiam hoje. No futuro haverá outras necessidades, com outras preocupações, que possivelmente não temos muito que fazer no presente, mas podemos simular  horizontes possíveis num futuro próximo:
- Que governantes teremos: Global?  Imperial? Ditatorial? Milícias? Traficantes? Teocráticos? Olho por olho e dente por dente?
- Quais os empregos que permanecerão?   
- Quem defenderá os pobres e humildes? 
- Haverá acesso ao conhecimento para todos?
- Haverá alimentos suficientes para todos?
- Que tipo de escola terá no futuro?   
Obs. As respostas estão nas mãos de quem comanda hoje. Vamos pensar nisso.
Fonte de imagem: http://stravaganzastravaganza.blogspot.com.br/2011/02/alimentacao-nas-viagens-de.html
Livros do autor:

domingo, 13 de maio de 2012

Os rumos de uma sociedade mergulhada na artificialidade



   Prof. Joaquim Luiz Nogueira

   As pessoas enxergam o mundo ou a sociedade e até mesmo a escola como algo equilibrado, mas que, se não atuarmos corretamente, tem alguém que pode desequilibrar. Esse é um problema, isto é, pensar que a sociedade é alguma coisa harmoniosa ou tranquila e que devemos gerar mentes sob controle, desde que as mesmas não sejam perturbadas ao longo do trabalho  de formação, seja ele, professor, político,  médico, advogado ou  outros.
    E para prosseguir nesse sentido imaginado, será necessário combater os degenerados ou as novas tecnologias, assim por diante. A briga parece ser por controle do espaço social, quando sabemos que nem os ditos rebeldes ou os chamados conservadores da lei e da ordem determinam futuro.
   Se perguntarmos como as sociedades se modificaram nos últimos milênios, a resposta seria a partir de algumas descrições de homens que tiveram a coragem para mudar pensamentos com ações revolucionárias, mas também por atos violentos e terroristas, mas também, de ações daqueles homens que sobraram após grandes batalhas.
   Se imaginarmos por quantas vezes sociedades inteiras foram destruídas em nome de certos apegos. Temos de recordar tais acontecimentos para refletirmos sobre a defesa de valores inquestionáveis no passado e que em razão  dos mesmos, muitas guerras forma deflagradas.
      A defesa de valores inquestionáveis em qualquer época, ou seja, aqueles que não podem ser contrariados levaram as catástrofes do passado e continuam sendo os principais motivos da violência na atualidade. Os valores continuam significando as razões para a existência de muitas famílias, escolas e de outras instituições conservadoras.
    O pensamento conservador continua constituindo a consciência nas instituições, entre elas a escola, que delimitam fronteiras invisíveis para os comportamentos, assim como para vestuários e objetos que podem adentrar em seus espaços. A ordem seria, não desorganize o modo em que estamos funcionando a séculos: não ande na classe; fique em silêncio para ouvir o mestre; obedeça todas as ordens dessa instituição e outras semelhantes.
    Desconfiar de qualquer atitude diferente torna-se o centro das sociedades ditas modernas, que sem se dar conta de quanto somos parte da mesma humanidade e que significamos perigo. Sabemos de tudo isso, mas nos fechamos em visões idealizadas. Vidas imaginadas como seguras ao ignorarmos outras possibilidades, isto é, preferimos não pensarmos de forma  negativa.
         Devemos romper com essa lógica maniqueísta dos bons contra os malvados, fruto espontâneo de nossa natureza. E  fincarmos nossas ações na artificialidade, ou seja, valorizar a construção mais abstrata, aquela  que resulta do materialismo. Talvez, considerar as imagens idealizadas em técnicas avançadas da tecnologia moderna para uma vida em 3D, isto é, uma realidade que possa ser vivida sem perigos para o corpo.
     E nesse universo, podemos recriar a beleza e quem sabe, a sociedade poética, ecológica, democrática e assim por diante. A ideia seria o aprofundamento em questões de realizações artificiais, e quem sabe se quando olharmos para a realidade, teremos uma visão de consciência elevada, que veja soluções onde não existam. 


quinta-feira, 10 de maio de 2012

A visão estratégica da aranha


 Prof. Joaquim Luiz Nogueira


       Para aproveitar todo o espaço, sua metodologia de trabalho se inicia com o reconhecimento do local, isto é, altura do solo, formato da teia e o que deseja capturar. Todas essas estratégias são traçadas  com antecedência e a cada círculo fixado, o aracnídeo sente a necessidade de fazer outro e outro.
      Depois de finalizada sua armadilha no silêncio da noite, já que o elemento surpresa é sua principal aposta para o êxito, alguns contratempos podem ocorrer, tais como, gotas de orvalho que possam se agarrar nos fios e sinalizar perigo para os desavisados, assim como, o voo de  pássaros,  mais também,  mamíferos que possam cruzar o local e acabar com todo o seu esforço.
      Tais contratempos são respondidos pela persistência, que a cada furo ou buraco em sua estratégia, de forma instintiva, todo seu sistema nervoso é mobilizado para corrigir a falha ou mudar a estratégia, mais nunca para tentar matar o pássaro ou o mamífero, que destruiu sua maneira de sobreviver. 
        A aranha começa do zero quantas vezes precisar ou enquanto  sua vida pulsar. Ela não tenta mudar seu corpo e nem  a  matéria prima para sua construção, porém, sua força, coragem, iniciativa e persistência nos provocam algumas reflexões:
- Porquê na maioria das vezes que seu trabalho foi destruído, sua ação era de consertar imediatamente o buraco, sem abandonar a teia? Talvez, em sua percepção aracnídea, já estava previsto que seu sucesso dependia da luta contra os imprevistos.

    Tudo indica que a aranha sabe o quanto é difícil sobreviver em meio à natureza, pois seu corpo é fraco em relação às tempestades, sem contar outras criaturas que ignoram seu modo de viver. E para enfrentar aquilo que não tem como mudar, sua estratégia foi tornar-se flexível:
-  Se a tempestade é maior que sua força, ela se deixa levar para ouros espaços e aproveita para conhecer novos problemas; 
-  Se animais ou pássaros rasgam sua teia, o conserto já estava previsto; 
- Caso, um inseto venenoso venha cair em sua armadilha, ela está preparada para reconhecer e isolar o perigo, pois sua teia pode ser cortada e reconstruída;
- se o alimento não chega, ela tem reservas para esperar dias melhores;
Conclusão
        A aranha não trabalha contra forças que não pode vencer. Ela se adapta rapidamente aos problemas, tendo como agir de forma precisa, isto é, faz o que é necessário naquele momento. Após muitos registros, ela decide se deve ou não mudar o lugar de sua armadilha.
      A flexibilidade de sua metodologia ajuda na sobrevivência, pois, se ela tentasse enfrentar fisicamente seus inimigos, sua vida seria muito breve na natureza. Desse modo, primeiro a aranha percebe o peso daquilo que invadiu o seu espaço e decide entre ficar observando, atacar ou até mesmo correr.  
      A sobrevivência do aracnídeo  depende da força que tem para reconstruir quantas vezes for preciso. Enquanto lhe restar vida, sua forma de existência lhe exigirá iniciativa, persistência e flexibilidade.