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domingo, 13 de maio de 2012

Os rumos de uma sociedade mergulhada na artificialidade



   Prof. Joaquim Luiz Nogueira

   As pessoas enxergam o mundo ou a sociedade e até mesmo a escola como algo equilibrado, mas que, se não atuarmos corretamente, tem alguém que pode desequilibrar. Esse é um problema, isto é, pensar que a sociedade é alguma coisa harmoniosa ou tranquila e que devemos gerar mentes sob controle, desde que as mesmas não sejam perturbadas ao longo do trabalho  de formação, seja ele, professor, político,  médico, advogado ou  outros.
    E para prosseguir nesse sentido imaginado, será necessário combater os degenerados ou as novas tecnologias, assim por diante. A briga parece ser por controle do espaço social, quando sabemos que nem os ditos rebeldes ou os chamados conservadores da lei e da ordem determinam futuro.
   Se perguntarmos como as sociedades se modificaram nos últimos milênios, a resposta seria a partir de algumas descrições de homens que tiveram a coragem para mudar pensamentos com ações revolucionárias, mas também por atos violentos e terroristas, mas também, de ações daqueles homens que sobraram após grandes batalhas.
   Se imaginarmos por quantas vezes sociedades inteiras foram destruídas em nome de certos apegos. Temos de recordar tais acontecimentos para refletirmos sobre a defesa de valores inquestionáveis no passado e que em razão  dos mesmos, muitas guerras forma deflagradas.
      A defesa de valores inquestionáveis em qualquer época, ou seja, aqueles que não podem ser contrariados levaram as catástrofes do passado e continuam sendo os principais motivos da violência na atualidade. Os valores continuam significando as razões para a existência de muitas famílias, escolas e de outras instituições conservadoras.
    O pensamento conservador continua constituindo a consciência nas instituições, entre elas a escola, que delimitam fronteiras invisíveis para os comportamentos, assim como para vestuários e objetos que podem adentrar em seus espaços. A ordem seria, não desorganize o modo em que estamos funcionando a séculos: não ande na classe; fique em silêncio para ouvir o mestre; obedeça todas as ordens dessa instituição e outras semelhantes.
    Desconfiar de qualquer atitude diferente torna-se o centro das sociedades ditas modernas, que sem se dar conta de quanto somos parte da mesma humanidade e que significamos perigo. Sabemos de tudo isso, mas nos fechamos em visões idealizadas. Vidas imaginadas como seguras ao ignorarmos outras possibilidades, isto é, preferimos não pensarmos de forma  negativa.
         Devemos romper com essa lógica maniqueísta dos bons contra os malvados, fruto espontâneo de nossa natureza. E  fincarmos nossas ações na artificialidade, ou seja, valorizar a construção mais abstrata, aquela  que resulta do materialismo. Talvez, considerar as imagens idealizadas em técnicas avançadas da tecnologia moderna para uma vida em 3D, isto é, uma realidade que possa ser vivida sem perigos para o corpo.
     E nesse universo, podemos recriar a beleza e quem sabe, a sociedade poética, ecológica, democrática e assim por diante. A ideia seria o aprofundamento em questões de realizações artificiais, e quem sabe se quando olharmos para a realidade, teremos uma visão de consciência elevada, que veja soluções onde não existam. 


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