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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A pedagogia do sabiá laranjeira 2




Joaquim Luiz Nogueira

Olá amigos! Vocês já me conhecem desde que resolvi escolher uma escola pública para fazer o meu ninho no mês de outubro de 2009. Essa é a segunda geração, nasceram em novembro e dessa vez são três. Já sei, querem saber o segredo do sucesso?

Nós, os sabiás-laranjeira, conhecemos as maneiras de educar os nossos filhos e vamos adiantar alguns exemplos:

_ Primeiro, não conhecemos a preguiça, enquanto existe luz estamos trabalhando.
_ O valor do trabalho é a primeira coisa que ensinamos a nossos filhotes, assim que abrem os olhos são capazes de aprender com o exemplo dos pais;

_ Ensinamos que eles não devem sair do ninho até que conheçam como sobreviver no mundo longe dos pais.

_ Cada fruto que trazemos para alimentá-los deve representar o quanto é importante os pais na vida dos filhos.

_ Nós, os laranjeiras, não deixamos nossos filhotes para os outros alimentarem, pois a responsabilidade é nossa.

_ Sabemos que o ninho deve ser um lugar higiênico e estamos sempre recolhendo o lixo para que nossos filhotes aprendam a viver em lugares limpos.

_ Também aprendemos logo cedo que uma boa educação começa no ninho, isto é, com um ambiente de bons exemplos dos pais.

_ Na sociedade dos laranjeiras o sucesso está nas escolhas que praticamos todos os dias e saber como agir depende do que aprendemos com os nossos pais.

_ Meus amigos, como estão vendo na imagem acima, meus filhos ainda estão pequenos e vou deixar a nossa conversa para um outro dia, pois a prioridade deve ser os meus laranjeirinhas e eles estão famintos!

7 comentários:

  1. Esta uma homenagem a todos aqueles que apreciam o trabalho das aves e assim como eu, acredito que ainda temos muito para aprender com a natureza.

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  2. Muito pertinente a história do sábia, esse modo de viver e criar os filhotes, deveria ser um compromisso de todos no seio familiar, atenção carinho e respeito ...

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  3. O modelo econômico pós-moderno chamado Globalização ”esculhambou”, como diria Jorge Forbes, com a verticalidade: pai, professor, pátria. O lar-família: pai, mãe, filhos e emprego se tornaram “apenas” um sonho desejável, não que seja impossível sua realização, mas são tantas as situações de descaso público-privado que seria necessária uma mudança social profunda para chegarmos aos pés dos “sabiás-laranjeira”.

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  4. Faz algum tempo que por eu trabalhar na frente de batalha da educação, estou de certa forma fugindo dessa realidade provocada pela lei de mercado. Portanto, preciso pensar semelhante ao cineasta Michael Haneke (autor do filme "A Fita Branca" que diz: assumir a mentira no cinema é, paradoxalmente, o único meio de de se aproximar da verdade histórica. Assim, em educação, ainda preciso acreditar na teoria do sábia larangeira, do Papai Noel e nos duendes. Caso contrário, não saberia como sobreviver nessa selva capitalista.

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  5. Desculpa, mas não entendi sua posição na afirmação:"...em educação, ainda preciso acreditar na teoria do sábia larangeira, do Papai Noel e nos duendes. Caso contrário, não saberia como sobreviver nessa selva capitalista." O sr. está querendo dizer que devemos ter a utopia do "Sabiá laranjeira" como princípio... para mudarmos as coisas que ora nos apresentam? É isso?

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  6. Acredito que é por ai, ou seja, estamos sempre dando um passo a frente com base em nossa dupla consciência. Para toda situação em que nos enfrentamos, há sempre uma interpretação que passa por utopias e fantasias e nos empurra para diferentes rumos. Ainda estou me aprofundando nesse sentido para o meu terceiro livro e até o momento, Edgar Morin, está me inspirando em seus livros.

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  7. Obrigado pela explicação. Até mais...

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