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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A leitura do mundo que nos cerca e como interpretá-lo?


Joaquim Luiz Nogueira

No livro acima o autor Joaquim Luiz Nogueira busca mostrar aos seus leitores logo de início, algumas maneiras de se renovarmos a partir do que vemos, Vejamos:

“Assim, dividimos, redistribuímos, comparamos ou multiplicamos os objetos e os conceitos que chegam à nossa consciência. Tornamo-nos criadores de universos, de mundos próprios, fechados, protegidos e ditatoriais.
Esses lugares tão vigiados pela consciência tornam-se recintos nos quais preservamos somente as coisas boas que resultam de nossas experiências cotidianas. De outro lado, tendemos a ignorar nossas fraquezas ou temores quando falamos deles aos outros. Nosso intento é fabricar mundos perfeitos em nossa consciência e projetá-los com confiança para os que se encontram ao nosso redor. Criamos e passamos a defender esses pequenos universos imaginários por meio dos quais interagimos com as pessoas com quem convivemos ou nos relacionamos de algum modo num contexto social.(NOGUEIRA,2009)

Dessa forma estamos respirando algo entre o local e o externo, porém, quanto mais diversificado o ambiente ao seu redor, melhores serão as oportunidades de escolhas. A capacidade somática humana em ver as coisas de forma perfeita, negando o que não representa a vontade individual, amplia assim, imagens, palavras, sons, cores e demais elementos significativos e relevantes ao indivíduo. .

Temos muitos mundos ficcionais na mente humana, e eles nos orientam para fazermos substituições, combinações e equivalências, ditando dessa maneira a forma de existência. Definem também as opções teóricas, epistemológicas e metodológicas, as quais imprimem no indivíduo o modo de escolher, distribuir e hierarquizar sua existência.

As decisões sobre o que pretendemos fazer implicam em estados emocionais paralelos, que de certa maneira, também dependem das transformações ocorridas na prática, A qualidade dessas construções do campo das ficções, combinadas as necessidades reais, despertam a vontade do querer fazer, cujos gostos e atitudes tendem a imitar aquilo que corresponde a imagem idealizada, e que transforma as relações do próprio sujeito com o mundo.

Se o plano da ficção pode ser tocado pela mente, e esse, pode servir como observador externo, sendo capaz de ampliar os elementos que nos provocam efeitos de sentido. Abrem-se também outras dimensões capazes de nos comunicarem valores que ignoram tempo e espaço, atraindo assim, os sentidos do corpo, que experimentam outros níveis de existência por milionésimos de segundos.

Acreditamos que quanto mais viajarmos nesses lugares perfeitos ou permanecermos por lá, melhor será o aprendizado e a transformações das práticas cotidianas.

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