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domingo, 5 de maio de 2013

Uma visão semiótica do gigante adormecido



              Prof. Joaquim Luiz Nogueira 
Para muitos viajantes e aventureiros, essas montanhas se destacam pela exuberância, principalmente porque se elevam sobre o horizonte, cuja visão, ao buscar a razão dessa grandeza, que parece perseguir os olhares das pessoas que cruzam essa região. Mas cada vez que avistamos  tamanhas formações de rochas, uma mensagem nos comunica que somos pequenos demais diante de sua força, assim como, de sua idade. Sabemos que ao longo da exploração dessas terras por portugueses bandeirantes e missões jesuíticas, essa imagem imponente deve ter alimentado caçadores de ouro e de almas. Neste aspecto, quando olhamos para a linha do horizonte e tentamos olhar a montanha, somos interrompidos por um vale que separa a barreira em duas partes e isso provoca uma queda na linearidade da visão, que instintivamente, interpretamos com um sinal de abaixar a cabeça e levantá-la novamente para prosseguir no alto do monte. Essa quebra da horizontalidade cria duas formas, uma curta e mais elevada e outra mais baixa, que com certa linearidade, termina suavemente. E dessa mágica e deslumbrante visão que despontava na frente de aventureiros, índios, tropeiros, fazendeiros e caboclos, não demorou em associações dessa imagem com o corpo de um gigante deitado.



Acima, a imagem maior da montanha, que em meio a uma névoa da manhã ou da tarde, parece colaborar para o sono do grande gigante deitado. E abaixo, a maravilhosa construção que ao longe da cidade de Bofete, contrasta sua grandeza com as montanhas que margeiam a cidade.



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