Joaquim Luiz Nogueira
Segundo
o Artigo “Estratégia contra a violência
escolar” escrito por Ana Catarina
Stelko-Pereira e Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, na Revista
Direcional Educador Julho de 2014, que iniciaram a matéria com a pergunta: “Ir a escola faz
bem a saúde”?
O
contrário disso seria outra pergunta: Se a escola não faz bem a saúde, por que
ainda existe escola? Em seguida vamos analisar as formas de desrespeito aos
Direitos Humanos no ambiente escolar descrito pela matéria:
-
alunos que se agridem verbal e fisicamente;
-
alunos que sofrem agressões de professores e outros funcionários da escola;
-
alunos que sofrem violência propagada
pelo uso de tecnologia (celular e computador).
Nós
professores que atuamos na escola com esse público de Ensino Fundamental e
Médio, sabemos que se trata de algo sistêmico, ou seja, de um contexto muito
além do ambiente escolar, cuja pesquisa não menciona. As agressões diversas que
estas crianças sofrem desde o ventre de suas mães, sem os devidos cuidados de
acompanhamento da saúde de ambos, acrescentam aqui os primeiros anos de vida
com que boa parte dessas crianças recebe como princípios de vida junto as suas
comunidades, geralmente lugares esquecidos pelo poder público.
Vejamos
agora as consequências negativas para a saúde do aluno segundo a pesquisa:
Depressão,
tristeza, ansiosidade, medo, estado de alerta, dor de cabeça, baixo rendimento,
pouca disposição para ir às aulas e baixa participação nas atividades
escolares.
Será
que esses sintomas iriam desaparecer se a criança não frequentasse o ambiente
escolar? Para os defensores dos Direitos Humanos, essas ditas “consequências negativas” não
existiriam também fora do ambiente escolar?
Agora,
quando se trata de citar as maneiras de enfrentar a violência escolar, a
matéria fala em aplicação de estratégias sistêmicas, tais como:
-
registro de tudo o que ocorre;
-
perceber falhas no planejamento;
-
perceber indivíduos com diferentes papéis na escola.
Conclusão
da matéria, A violência na escola é problema de “relações interpessoais
inadequadas”. E as intervenções indicadas segundo as especialistas são:
-
regras claras e consistentes de convivência escolar;
-
oferecer apoio específico aos que vivem situações de vulnerabilidade;
-
acompanhamento intensivo aos alunos com comportamento agressivo por
psicoterapia, psiquiatria e supervisão constante dos professores;
-
criação de comissões com pais, alunos, professores, diretor, merendeira,
porteiro, vizinhos da escola; tendo como objetivo desenvolver e aplicar
treinamento de habilidades sociais junto aos alunos.
Mais uma vez devo questionar a pesquisa sobre
a não inclusão de algumas perguntas a equipe gestora das respectivas escolas:
-
Tem psicoterapeuta na escola a disposição dos alunos?
Fonte:
Revista Direcional Educador / julho de 2014 p.29
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