Joaquim Luiz Nogueira
A Pedagogia
do autoconhecimento, que abrange uma espécie de “terapia do ser” na qual, o
sujeito busca conhecer suas limitações e ainda respeitar as dos outros. Tal incumbência,
que agora chega como exigência para os profissionais da educação, também se
torna mais um mecanismo na tentativa de que os professores sejam modelados
pelas normas legalistas, elaboradas a partir do desejo de novos produtos do
consumo coletivo.
Em nome da
relação educativa entre professor e estudante, que prega o autoconhecimento pedagógico
como primeiro passo rumo a melhorias para o docente e o discente, com uso de
conceitos como aliança, cooperação mútua, e participação, onde ambos podem
expressar ideias e sentimentos, valores e até crenças, numa utopia chamada de
comunicação pedagógica eficaz.
“Conhecimento pedagógico significa conhecer seus potenciais
recursos internos, habilidades e limitações em relação a si mesmo e aos outros.
Isso implica um aumento das responsabilidades e aspirações dos professores de
participar ativamente de seu próprio desenvolvimento. Assim, seu potencial
autoconhecimento pedagógico é o primeiro passo no processo de autoconhecimento
pessoal e profissional. Tem o efeito de otimizar a relação educativa,
desencadeada pela necessidade de ser eficiente em qualquer atividade docente. A
eficácia da educação depende muito da qualidade da relação professor-aluno.
Este deve ser de aliança, participação e cooperação mútua, sendo possível
expressar ideias e sentimentos, valores e crenças no repertório comum de
professor e aluno da turma. Em essência, garante uma comunicação pedagógica
eficaz. Implica desenvolver uma relação empática com o aluno, confiança mútua,
respeito mútuo, alta disponibilidade, cognitiva e afetiva e motivacional.”
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1877042813029479
Pesquisa:
Autoconhecimento e Desenvolvimento Profissional - Condição Educacional
Sustentável de um Relacionamento
A defesa de uma pedagogia do
autoconhecimento para o Ensino fundamental e médio, como se propõe em
documentos oficiais que estão chegando na escola pública, implica de um momento
para outro, logo em meio a um período de pandemia e um longo período de ausência
de aulas presenciais, na retomada com esta visão motivacional e afetiva, como
se trabalhar com ensino fosse algo que não exige por parte do estudante, uma
atitude de educação.
Os entusiastas desta pedagogia do
autoconhecimento falam em “Ajudar cada pessoa a se livrar de si mesma”, ou
seja, como se fosse possível deixar de ser ela mesma, isto é, de esquecer os
traumas, apagar a genética, controlar o sistema nervoso ou tornar se um
estudante dedicado.
Neste
sentido a pedagogia do autoconhecimento estabelece que “O papel do professor
não é avaliar o aluno ou responder por ele, mas ajudá-lo a reconhecer quem ele
é”. A pergunta, quem sou eu? Esta questão,
feita pelo sujeito professor, a ele mesmo, com certeza já não obtém nenhuma
resposta na grande maioria dos indivíduos adultos, portanto, uma criança ou
adolescente, jamais estão preparados para chegar a esta resposta.
Aumente a inteligência: busca por significado. Buscar
sempre a formação
integral Vá além das aparências com um olhar aprofundado Ajude cada pessoa a se
livrar de si mesma O autoconhecimento é
necessário para uma educação transformadora, que permite a todos se engajarem
na transformação da sociedade. O papel do professor não é avaliar o aluno ou
responder por ele, mas ajudá-lo a reconhecer quem ele é, para se construir, para
avançar na definição do seu projeto profissional. Esse processo pode ser
comparado à construção de um portfólio de "autoconhecimento",
conhecimento que está sempre em movimento. Este trabalho pode gerar motivação. https://www.assomption-france.org/rubriques/gauche/centre-de-ressources-pedagogiques/partage-doutils-pedagogiques/module-daccompagnement-crpa-connaissance-de-soi
Não se constrói nada sem um bom
planejamento, o fato de comparar esta pedagogia de autoconhecimento a
construção de um portfólio, é algo muito interessante, porém, quando um
estudante coloca todas suas conquistas em um portfólio, provoca motivações,
mas quando, junta todos os seus fracassos e traumas, cria agressividade,
revolta e violência. No caso de computadores, o técnico pode formatar a
máquina, no entanto, com seres humanos, ainda não inventaram nada semelhante
para servir como ferramenta ao professor.