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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Educação em Pandora

Joaquim Luiz Nogueira

Quem já teve a oportunidade de assistir o Filme Avatar de James Cameron, certamente se recorda que alguns avatares virtuais visitavam os nativos numa tentativa de aprender a língua deles e ao mesmo tempo, transmitir os interesses do povo do céu para os nativos.

Podemos observar que no filme havia a possibilidade dos corpos humanos permanecerem numa cápsula, enquanto seu avatar (forma virtual escolhida) surgia na floresta para cumprir sua missão junto aos nativos. Nesse aspecto, o corpo habitava o mundo Real e seu avatar penetrava numa região de valores desconhecidos e ainda não controlado pelos invasores.

A missão do corpo no mundo Real era manter a máquina que o alimentava ligada, pois a sua integralidade faria com que o máximo de informações dos nativos chegassem de volta ao sistema explorador. O órgão manipulador central preparava e o capacitava no sentido de que ele pudesse oferecer informações da cultura dos nativos, facilitando assim, a destruição dos mesmos.
A missão dos avatares eram interpretar papéis sociais e manter uma aparência semelhante aqueles nativos, que mais cedo ou mais tarde, seriam destruídos em nome da ganância e do lucro de poucos privilegiados estrangeiros.

Para os donos das avançadas tecnologias, os valores cultivados pelos nativos, atrapalhavam seus interesses, vejamos alguns:

- não dependiam da linguagem dos estrangeiros para sobreviverem;

- não se interessavam pelos valores além de sua cultura;

- cultivavam regras de conexões com o ambiente que o envolviam, extraindo e apropriando somente aquilo que lhes interessavam.

Os avatares tinham que aprender a linguagem dos nativos, ganhar a confiança dos mesmos e, ao mesmo tempo, conscientizar aquelas criaturas de que todos seriam capazes de aprender os novos valores vigentes, segundo a política econômica estruturada junto ao poder tecnológico do povo do céu.
Os avatares que trabalhavam para o povo do céu eram treinados para obedecerem as leis, isto é, tinham de cumprir suas missões, pois se fracassassem, seus corpos eram desligados das máquinas que os alimentavam.

Observação

Muitas vezes nos sentimos como avatares dentro das salas de aulas, falamos para as paredes quando tentamos ensinar História, Matemática, Língua Portuguesa e outras disciplinas, será que estamos em Pandora?

3 comentários:

  1. O filme me inspira a acreditar que não será preciso psicoativos para sair da realidade.

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    1. Esta é a questão que faz deste filme algo intrigante, pois toca na discussão da realidade.

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  2. Thanks a lot for the blog.Really thank you! Really Great.
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