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terça-feira, 6 de junho de 2017

Pedagogia do Engajamento



Joaquim Luiz Nogueira 

Segundo os pesquisadores da universidade de Minnesota nos Estados Unidos, “os problemas são os focos da organização e os estímulos para aprendizagem, isto é, torna-se o veiculo para o desenvolvimento, a técnica para resolver obstáculos”.[1] Se considerarmos esta ideia inicial e nos mantermos como base o fato de nossos estudantes de escola pública ser selecionados por mecanismos naturais, sociais e econômicos e se apresentarem para o 6º ano na instituição com ausência de estruturas básicas de leitura, escrita, valores, entre outros.
De acordo com o desenho ilustrativo (figura 1), na pedagogia tradicional, o Professor era o mestre, a autoridade do conhecimento, aquele que ensinava e também podia fazer correções com uso de castigos, exemplo, palmatória e régua de madeira. No entanto, na Pedagogia do Engajamento, a outra metade da ilustração, o professor troca informações com seus alunos e ambos são transformados, segundo os problemas básicos encontrados na sala de aula.

De acordo com essa pedagogia, os problemas se tornam a base da aprendizagem, pois são os obstáculos que dão a partida para aquilo que realmente o professor precisa conhecer e também, aprender a praticar. Nesta troca de foco, cuja linha tradicional tinha como base o futuro do adolescente e da sociedade, arrastam os profissionais da educação para a prática de ações muito semelhantes aquelas também efetuadas pelos alunos. 


Quando se mergulha no contexto do problema ocorre uma espécie de simbiose ou convivência com ações sem controle e nesse sentido, o professor, na impossibilidade de mudar para um foco, cujo objetivo seja de um futuro planejado, termina guiado pelos desejos livres dos estudantes em prolongar brincadeiras e diversões, verdadeiras bagunças nas quais resultam destruição e violência. 


Segundo esta pedagogia, o processo da aprendizagem baseada no problema tem sustentação na ciência da engenharia e na medicina, já que a partir deste conhecimento podem-se descobrir habilidades na qual, os cientistas ainda não tenham visto. Neste contexto, a Pedagogia do engajamento serve como ponto de partida para a pesquisa cientifica que transforma os professores em cobaias de laboratório, principalmente, ao estimularem a serem mediadores, conhecedores e participantes dos problemas básicos de contextos sociais diferentes e tão vulneráveis. 


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