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quarta-feira, 7 de junho de 2017

A escola como ambiente que gera a desigualdade social, segundo economista.

Joaquim Luiz Nogueira

O economista Ricardo Paes de Barros, atualmente chefe do Instituto Airton Senna, em entrevista a Folha de São Paulo (7 de junho de 2017) caderno B6, tocou em um tema de grande importância para Professores, pedagogos, pais e responsáveis, isto é, os horizontes da escola brasileira e da sociedade, principalmente dos alunos pobres.
Quando ele diz que a escola pode destruir a autoconfiança do aluno pobre, temos que perguntar ao economista que tipo de autoconfiança estes estudantes carentes chegam à escola? Os sinônimos deste conceito são segurança, determinação, força, entre outros. Quem afeta a autoconfiança da pobreza são os governantes que tratam esta maioria pobre como seres invisíveis ou massa de manobra, não é o professor maluco. 


As escolas do Brasil, caro economista, são frutos de uma política histórica, cujos objetivos, são estabelecidos por leis criadas por parlamentares, por exemplo, a Lei do Menor, criada nos anos 1990 e a nova LDB. Essas leis ditam as normas e as oportunidades que essas famílias pobres herdaram da política brasileira e não são os professores malucos que reforçaram as diferenças educacionais no ambiente familiar, mais os objetivos dos parlamentares com a economia brasileira que criaram esse contexto.
As diferenças educacionais são herdadas do sistema político brasileiro que tratam a educação, a saúde e a segurança dos pobres como mecanismos para promessas de candidatos a cada eleição, e dessa maneira, quanto pior melhor, mais discurso é construído em nome da miséria.  
O economista cita outros países na entrevista e fala de estudantes com criatividade e pensamento crítico. Tais características são derivadas de um bom ensino e de boas escolas, não tem muito haver com as escolas públicas brasileiras. 


Dar um salto em processo educativo cria lacunas que impedem o prosseguimento do estudante em curso superior. Outra recomendação do economista seria o ensino de resoluções de conflitos e da compaixão, como elementos necessários, segundo ele, para lidar com a diversidade. Estas habilidades não são ensinadas na escola, algumas pessoas nascem com a compaixão e outras com a capacidade para resolver conflitos.
Falar que a escola deve ensinar compaixão e resolução de conflitos significa atribuir uma função em que os cursos de graduações das melhores universidades ainda não capacitaram os malucos para isso, mas para trigonometria e a geometria. 


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