Joaquim Luiz Nogueira
Em certos contextos autoritários, os Chamados Homens -
Dedo diziam “podemos agir conforme
acharmos necessário”, e após pronunciar o homem atacou
a mocinha logo no início do filme.
Sr. V que faz a justiça
contra os Homens – Dedo, menciona
“Muitas vezes é nossa culpa. Isso provocou que com o ar devoto e ações
piedosas, adoçamos o demônio; pois, o que importa são as ações”. Quem é ele?_ Pergunta a mocinha. Sou um homem
com uma máscara e não questiono seu
poder de observação, sendo um contrassenso perguntar a um mascarado quem ele é.
(...) em vez de lhe dizer um mero nome, vou descrever o caráter desse
personagem de drama: um humilde veterano do teatro de variedades, escalado como
vítima e vilão pelas vicissitudes do destino.
Esta máscara não é um mero
vestígio de vaidade. É um vestígio da Vox populi, que não mais existe. No
entanto, esta valente visita de um irritante ser ultrapassado, visa varrer
esses vermes venais e virulentos da vanguarda do vício que permitem a viciosa e
voraz violação da vontade. O único
veredicto é a vingança, mantida como voto, não em vão, pois, seu valor e
veracidade um dia vingará os zelosos e
os virtuosos. Eu, assim como Deus, não jogo dados e não acredito em
coincidência.
Discurso do governante do filme
Falhar é semear a dúvida em
tudo aquilo que acreditamos e em tudo
aquilo por que lutamos. A dúvida mergulhará o país de novo no Caos, e não
permitirei isso.
Televisão e noticiário do filme
O dever da TV é noticiar e
não inventar notícias, este último, é trabalho do governo.
Discurso do Sr. V em Cadeia
Nacional após invadir os estúdios da TV.
Eu, como muitos de vocês aprecio
o conforto do dia-a-dia , a segurança familiar, a tranquilidade da rotina. Gosto
disso como todo mundo. Mas, no espírito da comemoração em que eventos do passado, associados a morte
de alguém ou ao fim de uma luta terrível são comemorados com um belo feriado.
Pensei em marcar esse 5 de novembro, um dia
que, infelizmente já foi esquecido. E há aqueles que não querem que falemos,
desconfio que estão dando ordens no telefone e homens armados virão logo. Por
que o governo pode usar violência em vez de diálogo?
Mas as palavras sempre manterão
seu poder, elas oferecem um significado, e para aqueles que ouvem a enunciação
da verdade. E a verdade é que há algo terrivelmente errado com este País.
Crueldade , injustiça, intolerância e opressão. Se antes você tinha a liberdade
de se opor, pensar e falar o que quisesse, agora você tem sensores e câmeras
obrigando-o a se submeter.
Como isso aconteceu? Quem é
o culpado? Há alguns mais responsáveis que outros e eles vão arcar com as
consequências. Mas a verdade seja dita, se procuram culpados, basta vocês se
olharem no espelho. Eu sei por que vocês fizeram isso, sei que tinham medo.
Quem não teria? Guerra, terror, doença. Uma série de problema se juntou para
corromper sua razão e afetar seu bom senso.
O medo dominou vocês e vocês
recorreram ao alto Chanceler, que prometeu ordem e paz e tudo o que lhe pediu
em troca foi seu consentimento silencioso e obediência. E eu como um cidadão
queria lembrar ao mundo que: imparcialidade, justiça e liberdade são mais que palavras, são perspectivas.
Não há certezas, só
oportunidade,( ... ) O governo é que deveria temer seu povo .O prédio do Parlamento é um símbolo
assim como o ato de destruí-lo, sendo o poder dos símbolos emanado do povo, já que sozinho, um símbolo
não tem valor, mas com bastante gente, a explosão de um prédio pode mudar o
mundo.
Não existe coincidência, só ilusão de coincidência e o
que fizeram comigo me criou, pois toda ação gera uma reação. O disfarce toma a
forma da intenção e ideias são a prova
de bala.