Joaquim Luiz Nogueira
O PISA é o exame
internacional de aprendizagem realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico ). Avalia o desempenho de alunos de 15 anos em leitura, matemática e
ciências.
A partir de questionário, o
exame deseja avaliar além do desempenho o esclarecimento ou entendimento da
mentalidade desses alunos de baixo desempenho escolar. Para isso, usa o grau de
concordância das respostas afirmativas, tais como “trabalhar nas tarefas até
que tudo esteja perfeito”.
Ninguém duvida de quanto o
grau de satisfação de um adolescente pode contribuir para objetivos maiores,
assim como, o esforço dos mais pobres em relação aos mais ricos. No entanto, o
conceito de motivação medido pela busca da tarefa escolar perfeita esbarra em diversas
outras variantes, cujo entendimento vai muito além da economia.
Por exemplo, fazer os alunos
prestarem atenção no conteúdo da aula que antecede o intervalo em dias de strogonoff?
A imaginação desta comida leva os alunos a buscar os primeiros lugares na fila
da merenda para não correr o risco de ficar sem o prato preferido.
Esta motivação seria
diferente, caso a sua família tivesse condições financeiras melhores. No caso
dos mais ricos, o estômago não lidera a motivação e sim outras necessidades da
estrutura social dos pais.
A motivação passa primeiro pela leitura do corpo físico,
se o adolescente não estiver feliz com algo de seu corpo ou até pelos traumas que carregam, esqueçam, esses fatores
lideram de forma espontânea os rumos das ações dos mesmos.
Medir o grau de motivação de
um adolescente por questionário aplicado em um único dia do ano, infelizmente,
não ajuda entender a mentalidade deles, pois isso depende das circunstâncias em
que se encontram seus pais, irmãos, tios, colegas; etc. Um adolescente com os
pais presos, drogados, desempregados, doentes, etc., sobrevivem um dia de cada vez
e a cada aula, tudo pode acontecer.
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