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sexta-feira, 23 de março de 2018

Repúdio em defesa dos Professores Readaptados



Como funcionário público da Educação do Estado de São Paulo, manifesto aqui minha indignação contra o trabalho dos médicos, principalmente, aqueles que pertencem a esta Comissão de Assistência à Saúde, quando cessam as readaptações de trabalhadores da educação, sem ouvir esses profissionais e seus chefes imediatos.
Com certeza não fariam isto com um parente deles, pois os readaptados por problemas de doença já saíram da sala de aula porque não havia a menor possibilidade de trabalhar naquela função. Portanto, falar para que eles voltem para o trabalho em sala de aula da escola pública, mais uma vez, com certeza os senhores “Doutores” com aspas não possuem filhos matriculados nestas escolas.
E mais, esses readaptados devem entrar com mandato de segurança contra o Estado, pois, caso suas doenças venham a se  agravar em sala de aula ou pelo pânico que estas manifestações em Diário Oficial provocam, tais danos são ignorados por esta comissão da saúde.
Os médicos desta comissão jamais deveriam ter tais poderes, pois não estão dentro de seus hospitais ou consultórios, onde decidem quem vive e quem morre. Tais profissionais que decidem a vida das pessoas à distância não conhecem o que significa trabalhar com 40 alunos da escola pública, mesmo os professores que possuem uma boa saúde, não conseguem.
O secretário da educação e o governador, também não sabem o que significa enfrentar uma sala de aula sem ter saúde, se fosse parente deles, com certeza não voltaria para sala de aula, uma vez que todo professor readaptado está nesta condição, porque outro médico comprovou a situação da pessoa readaptada.
Enviar readaptados para sala de aula é um ato de desespero daqueles que comandam o Estado, pois medidas como esta, além de não resolver o problema precário da educação no Estado, provoca revolta, indignação, tratamento desumano e falta de consideração com o direito de defesa do funcionário público. Não se pode punir as pessoas sem apuração de responsabilidade daqueles que estão decidindo sobre o retorno dos readaptados para sala de aula.

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