Joaquim Luiz Nogueira
Segundo os pesquisadores da
universidade de Minnesota nos Estados Unidos, “os problemas são os focos da
organização e os estímulos para aprendizagem, isto é, torna-se o veiculo para o
desenvolvimento, a técnica para resolver obstáculos”.[1]
Se considerarmos esta ideia inicial e nos mantermos como base o fato de nossos
estudantes de escola pública ser selecionados por mecanismos naturais, sociais
e econômicos e se apresentarem para o 6º ano na instituição com ausência de estruturas
básicas de leitura, escrita, valores, entre outros.
De acordo com o desenho
ilustrativo (figura 1), na pedagogia tradicional, o Professor era o mestre, a
autoridade do conhecimento, aquele que ensinava e também podia fazer correções
com uso de castigos, exemplo, palmatória e régua de madeira. No entanto, na
Pedagogia do Engajamento, a outra metade da ilustração, o professor troca
informações com seus alunos e ambos são transformados, segundo os problemas
básicos encontrados na sala de aula.
De acordo com essa pedagogia, os
problemas se tornam a base da aprendizagem, pois são os obstáculos que dão a
partida para aquilo que realmente o professor precisa conhecer e também,
aprender a praticar. Nesta troca de foco, cuja linha tradicional tinha como
base o futuro do adolescente e da sociedade, arrastam os profissionais da
educação para a prática de ações muito semelhantes aquelas também efetuadas
pelos alunos.
Quando se mergulha no contexto do
problema ocorre uma espécie de simbiose ou convivência com ações sem controle e
nesse sentido, o professor, na impossibilidade de mudar para um foco, cujo
objetivo seja de um futuro planejado, termina guiado pelos desejos livres dos
estudantes em prolongar brincadeiras e diversões, verdadeiras bagunças nas
quais resultam destruição e violência.
Segundo esta pedagogia, o
processo da aprendizagem baseada no problema tem sustentação na ciência da
engenharia e na medicina, já que a partir deste conhecimento podem-se descobrir
habilidades na qual, os cientistas ainda não tenham visto. Neste contexto, a
Pedagogia do engajamento serve como ponto de partida para a pesquisa cientifica
que transforma os professores em cobaias de laboratório, principalmente, ao estimularem
a serem mediadores, conhecedores e participantes dos problemas básicos de
contextos sociais diferentes e tão vulneráveis.
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