Prof. Joaquim Luiz Nogueira
As pessoas enxergam o mundo
ou a sociedade e até mesmo a escola como algo equilibrado, mas que, se não
atuarmos corretamente, tem alguém que pode desequilibrar. Esse é um problema, isto
é, pensar que a sociedade é alguma coisa harmoniosa ou tranquila e que devemos gerar
mentes sob controle, desde que as mesmas não sejam perturbadas ao longo do
trabalho de formação, seja ele,
professor, político, médico, advogado
ou outros.
E para prosseguir nesse sentido imaginado,
será necessário combater os degenerados ou as novas tecnologias, assim por
diante. A briga parece ser por controle do espaço social, quando sabemos que
nem os ditos rebeldes ou os chamados conservadores da lei e da ordem determinam
futuro.
Se perguntarmos como as sociedades se modificaram
nos últimos milênios, a resposta seria a partir de algumas descrições de homens
que tiveram a coragem para mudar pensamentos com ações revolucionárias, mas
também por atos violentos e terroristas, mas também, de ações daqueles homens
que sobraram após grandes batalhas.
Se
imaginarmos por quantas vezes sociedades inteiras foram destruídas em nome de
certos apegos. Temos de recordar tais acontecimentos para refletirmos sobre a
defesa de valores inquestionáveis no passado e que em razão dos mesmos, muitas guerras forma deflagradas.
A defesa de valores inquestionáveis em
qualquer época, ou seja, aqueles que não podem ser contrariados levaram as catástrofes
do passado e continuam sendo os principais motivos da violência na atualidade.
Os valores continuam significando as razões para a existência de muitas famílias,
escolas e de outras instituições conservadoras.
O pensamento conservador continua constituindo
a consciência nas instituições, entre elas a escola, que delimitam fronteiras invisíveis
para os comportamentos, assim como para vestuários e objetos que podem adentrar
em seus espaços. A ordem seria, não desorganize o modo em que estamos
funcionando a séculos: não ande na classe; fique em silêncio para ouvir o
mestre; obedeça todas as ordens dessa instituição e outras semelhantes.
Desconfiar de qualquer atitude diferente
torna-se o centro das sociedades ditas modernas, que sem se dar conta de quanto
somos parte da mesma humanidade e que significamos perigo. Sabemos de tudo
isso, mas nos fechamos em visões idealizadas. Vidas imaginadas como seguras ao
ignorarmos outras possibilidades, isto é, preferimos não pensarmos de
forma negativa.
Devemos romper com essa lógica maniqueísta
dos bons contra os malvados, fruto espontâneo de nossa natureza. E fincarmos nossas ações na artificialidade, ou
seja, valorizar a construção mais abstrata, aquela que resulta do materialismo. Talvez,
considerar as imagens idealizadas em técnicas avançadas da tecnologia moderna
para uma vida em 3D, isto é, uma realidade que possa ser vivida sem perigos
para o corpo.
E nesse universo, podemos recriar a beleza
e quem sabe, a sociedade poética, ecológica, democrática e assim por diante. A
ideia seria o aprofundamento em questões de realizações artificiais, e quem
sabe se quando olharmos para a realidade, teremos uma visão de consciência elevada,
que veja soluções onde não existam.
Livros de Joaquim Luiz Nogueira
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