Joaquim Luiz Nogueira
O professor “interface” é o ponto de contacto, isto é, o mediador, aquele que permite a comunicação a partir da interatividade. Essa interatividade se estabelece pela roupa, entoação, atitude, linguagem corporal, frases, silêncio, etc.; assim se estabelece, pelo menos, a possibilidade de comunicar.
Sabemos que o processo de interação entre seres humanos se define pela sua complexidade e por uma aprendizagem longa e difícil, mas o aluno “self media” se caracteriza por um fluxo de comunicação biunívoco, ou seja, o professor perde a sua onipotência em favor do aprendiz, que tem agora um papel ativo. Surge assim, a interação, a participação do estudante toma lugar do mestre e vice-versa. Será o próprio discente a compreender e pesquisar os seus gostos e interesses particulares.
O aluno “self media” e a sua interatividade evidencia, sobretudo, a crise das estratégias do ensino atual, que insiste no modo insuportável do discurso da atualidade trágica e no pequeno mundo da política de fatos diversos que não facilita a interatividade entre o aluno e o professor.
Entre os elementos que compõem as estratégias de ensino para o aluno “self media” estão as possíveis aplicações a partir do computador, da “Internet”, da “multimedia on e off-line”, com os seus vários ramos e uma série de híbridos que, nascidos na pedagogia tradicional, agora se converteram em apresentações modernas, como é o caso da televisão digital e dos jornais digitais.
A televisão digital vai permitir que os alunos possam escolher o que querem ver. Os bits desta televisão do futuro vão possibilitar ao estudante visionar o que se quiser, às horas que se quiser. Será a informação a pedido do aluno.
TEXTO ADAPTADO DA FONTE:
http://www.citi.pt/estudos_multi/ana_cristina_camara/interface.html , ACESSO EM: 16/08/2009.