Joaquim Luiz Nogueira
Nesta
abordagem, chamada de pedagogia reversa ou invertida, muito popular na França
(pedagogie inversée) e que no Brasil chega disfarçada nas políticas pedagógicas,
mesclada com construtivismo. Segundo esta teoria, não se considera mais a sequência
lógica de exercícios ou dos valores culturais, mas o que ganha ênfase mesmo,
são as diferenças e as personalizações dos alunos.
Os
conteúdos devem ser apresentados de forma diferente aos estudantes e com ritmo
personalizado para cada discente, ou seja, mesclando os interesses dos jovens, com
aqueles defendidos pelos adultos. A integração do desejo de ambos, constitui o
projeto educativo da escola, e é a partir desse encontro que podemos
compreender os resultados de cada instituição.
As
aprendizagens são mediadas entre a desvalorização e a autovalorização, tendo
como ponto de partida as situações problemas e os estudos de casos do cotidiano
escolar. Tais elementos tornam-se essenciais para a construção das estruturas e
níveis de ensino, assim como também definem as condições, pois, neste contexto,
os profissionais devem colocar em prática o conhecimento.
Os
problemas, pesquisas e estudos de casos são os elementos que oferecem o modelo
da aprendizagem ou da demanda escolar. Tais diagnósticos cobram dos professores
a captação sensorial para ouvir os alunos até o uso de ferramentas
colaborativas como as virtuais, os avatares, vídeos, apresentações em 3D e
outras dimensões tecnológicas, entre elas o celular.
As
plataformas digitais, jogos de aprendizagem ou diferentes maneiras de ensinar,
assim como as novas formas de valorização das habilidades e competências dos alunos,
formam o comportamento dos mesmos. Trata-se de orquestrar essas produções de
saberes ou reagrupá-las para que se tornem ferramentas colaborativas nas aulas.
Neste
tipo de aprendizagem, o professor age como co-criador ou coautor, sendo o guia
do processo social. As descobertas sobre o outro, cobram a colaboração de um
ensino integrador, sendo o conteúdo, elemento animador da aprendizagem e o responsável
pela interação, no caso, o professor deve promover o conteúdo em sua aula.
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