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sábado, 13 de novembro de 2010

Pedagogia dos cenários alternativos


Charge Folha de São Paulo A2 sexta feira, 12 de novembro de 2010
Primeiro cenário:
De acordo com Nadal[1], “(...) a construção de práticas educativas novas e diferenciadas na escola pública passa pelo posicionamento profissional critico e reflexivo do professor” Trata-se do professor pesquisador, aquele que observa o que passa ao seu redor, registra e busca respostas para enfrentar o problema dele, de seus alunos e da escola.
Segundo cenário:
Slavoj Zizek[2], nos fala em: cenários históricos alternativos (...) campo dos múltiplos caminhos (...) ideais privados de felicidade (...) o outro idealizado. Esses conceitos empregados por Zizek podem ser encontrados também na educação a partir dos profissionais que estão afastados da sala de aula e que discursam ou escrevem com base em cenários alternativos. Assim, apontam vários caminhos e falam sobre professores ideais e alunos ideais.
O primeiro cenário também é dificultado pela desvalorização da profissão de professor, que por falta de matérias interessantes na mídia televisiva, o ano de 2010 vem sendo marcante por apresentar aos telespectadores uma visão que os profissionais da educação batem em criança, não usam a criatividade e que frequentemente apanham dos alunos. Desse modo, juntamente com os baixos salários, os docentes das escolas públicas se encontram sem inspirações para se tornarem pesquisadores, salvo exceções de alguns guerreiros que lutam como “Dom Quixote”.
No segundo cenário temos profissionais que viajam na pedagogia do verbo delegar, ou seja, passam à ordem e se afastam da luta, mas cobram os resultados. Também podemos citar as mudanças que chegam por resoluções, essas não vamos nem comentar, devem ser cumpridas e comunicadas aos docentes e a comunidade. E lembramos que Zizek também nos fala, que em certas situações, temos um sinal de que não temos nenhuma escolha.
Podemos concluir que atualmente encontramos na educação certa ausência de responsabilidade dos pais e responsáveis. Eles adoram os filhos, desde que a escola não os convoque para falar sobre indisciplina e falta de educação e limites dos mesmos. Os alunos para os pais, a mídia e os governantes, são vistos como café descafeinado, isto é, são ideais e sem propriedades maléficas. E os professores devem executar somente danças fascinantes.



[1] Beatriz Gomes Nadal , tese de Doutorado, Cultura escolar: um olhar sobre vida na escola. São Paulo:PucSP, 2008
[2] Slavoj Zizek, Arriscar o impossível, São Paulo: Martins Fontes, 2006. 

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