Ao investigarmos o cotidiano da escola a partir das técnicas informatizadas, que criam bancos de dados e apontam para o sentido de ajudar nas quantificações das diversas nomenclaturas usadas para classificar os alunos e depois, apresentá-los a comunidade escolar como rendimento escolar.
Verificamos que os dados são digitados nas máquinas (computadores) de forma que as mesmas passam a oferecer estes resultados e as respostas, qualificando e distribuindo os alunos de acordo com certa nomenclatura registrada (programada) em sua memória de forma globalizada para todos os alunos.
Constatamos que a escola trabalha em cooperação com os computadores, que lhes ensinam a partir de dados percentuais e informativos, como e quais os alunos que terão tratamentos diferenciados no próximo bimestre ou ano letivo.
Na escola atualmente, recebemos as tarefas diárias por meio da informática, isto é, fax, telefone, Internet, redes, teleconferências etc. Desta forma, podemos considerar que estamos sendo bombardeados por dados e informações que nem sempre correspondem as reais necessidades de nossa comunidade escolar.
Reconhecemos que a participação da comunidade escolar, assim como a dos alunos, são de certa forma, devoradas pelas nomenclaturas e classificações oferecidas pelas técnicas computadorizadas e confirmadas pelos humanos que se justificam tais valores como científicos.
Averiguamos que na escola o poder tecnológico ganhou força como mecanismo de resolução de problemas, cujas pessoas, passaram a depender em grande escala da tecnologia e esperam que os computadores resolvam problemas variados dos alunos, entre eles, dificuldades de leitura, escrita, lazer e afeto.
Ocupamos a maior parte de nosso tempo de trabalho como gestor na escola, trabalhando na digitação de dados ou recebendo informações para orientar as nossas ações diárias e assim, não conseguimos ouvir o nosso aluno e a comunidade, já que estamos sempre cumprindo os deveres que nos são enviados por meios eletrônicos de fora de nossa comunidade escolar.
Deduzimos que para construirmos uma aprendizagem de cidadania com nossos alunos, talvez tenhamos que valorizar mais os humanos do que as máquinas, isto é, não esperar que a digitação dos dados segundo uma nomenclatura globalizada e oferecida por programação, nos indiquem como trabalhar de forma mais cidadã na escola.