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domingo, 8 de maio de 2011
O segredo da libélula
domingo, 1 de maio de 2011
O beijo da realeza
Na leitura visual da garotinha que aparece ao lado dos noivos na imagem, “cena do beijo” pode observar o quanto ela tem pressa de que aquele momento seja breve, isto é, que acabe em alguns instantes. Sendo assim, suas mãos pressionam os ouvidos numa tentativa de diminuir a captação do ruído dos súditos do casal, que imploram aos gritos para que repitam aquilo que acreditam ser a realização maior da frase: “viveram felizes para sempre”.
A expressão séria da menina, quase choro, não manifesta a mesma felicidade do público. Ela usa uma coroa verde entrelaçada com flores brancas sobre sua cabeça nas cores do bouquet da noiva, gesto que lembra aos súditos da rainha, o esforço que a plebéia, agora duquesa, terá de enfrentar para satisfazer os desejos de uma platéia sedenta por contos de fadas e de princesas.
E o príncipe com sua farda de gala revela a partir dos símbolos de sua vestimenta, o peso de uma coroa real, cujas tradições e cultura carregam outros tempos de glória da realeza britânica, mesclada as atitudes desafiadoras da juventude do século XXI.
A plebeia, agora duquesa, e seu vestido de noiva, também sobrepõem valores de pureza ao de sensualidade moderna, tendo seu véu branco que se distância da testa, deixando parte de seus longos cabelos figurarem-se como véu, a ponto de contrastar o decote do vestido com a transparência dos ombros e braços.
E para concluirmos, voltamos ao gesto da menina, que se nega a participar da euforia do público, manifestando que se trata de algo passageiro e suportável. Assim, de forma semelhante à nova duquesa, provavelmente terá momentos em que ela também deverá tapar os ouvidos e outros talvez, até fechar os olhos, mas manter a persistência da garotinha que aguarda o tempo passar.